Queda de cabelo no masculino e no feminino: as diferenças

Cirurgia Plástica e Estética
Última atualização: 13/04/2023
Queda de cabelo no masculino e no feminino: as diferenças

Apesar de ser um problema transversal, a queda de cabelo manifesta-se de forma distinta e em fases de vida diferentes, consoante se trate de uma mulher ou homem. Conhecer as suas características e evolução é, por isso, fundamental.

A queda de cabelo está longe de ser um problema exclusivamente masculino. De acordo com um estudo realizado na Universidade da Columbia Britânica (Vancouver, Canadá), a queda de cabelo pode afetar até 70% dos homens e 40% das mulheres em qualquer momento das suas vidas. Os sintomas, intensidade e causas da queda capilar diferem, bem como a idade em que se manifestam. Contudo, existem soluções que permitem travar ou corrigir a perda de cabelo. Nos homens e nas mulheres.

O que causa a queda de cabelo?

A queda de cabelo tem muitas causas. Os fatores que provocam a sua queda de cabelo podem determinar se o seu cabelo:

  • Cai de forma gradual ou abrupta.
  • Está enfraquecido.
  • Pode voltar a crescer por si mesmo.
  • Requer tratamento para voltar a crescer.
  • Precisa de cuidados imediatos para evitar a queda de cabelo permanente.

Existem várias causas para a perda de cabelo:

  • Perda hereditária de cabelo: tanto homens como mulheres desenvolvem este tipo de queda de cabelo, que é a causa mais comum em todo o mundo. Isto significa que herdou genes que fazem com que os folículos capilares encolham, o que pode inibir o crescimento do cabelo. A retração pode começar logo na adolescência, mas normalmente começa mais tarde.
  • Idade: com o passar dos anos, a maioria das pessoas nota alguma perda de cabelo, porque o crescimento do cabelo abranda. A dada altura, os folículos capilares deixam de provocar o crescimento do cabelo, o que faz com que o cabelo no couro cabeludo fique fino e comece a perder a sua cor original.
  • Parto, doença, ou outros fatores de stress: alguns meses após dar à luz, recuperar de uma doença, ou fazer uma operação, poderá notar muito mais pelos na escova ou na almofada. Isto também pode ocorrer após um período stressante na vida, como um divórcio ou a morte de um ente querido.
  • Cuidados/tratamentos capilares: a coloração intensiva, permanentes, alisamentos danificam o cabelo. Com o tempo estes danos podem levar à queda de cabelo.
  • Medicação: um possível efeito secundário da medicação pode ser a queda de cabelo.
  • Infeções sexualmente transmissíveis: se não for tratada, uma infeção sexualmente transmissível (DST) pode levar à queda de cabelo. A sífilis é uma infeção sexualmente transmissível (DST). Se não for tratada, a sífilis ou outra DST podem causar queda de cabelo desigual no couro cabeludo, sobrancelhas, barba, e noutros locais.
  • Doença da tiroide: um problema na tiroide pode levar ao enfraquecimento do cabelo.

No masculino

A principal causa de queda de cabelo nos homens é a alopecia androgenética, motivada pela ação da testosterona que atrofia o folículo. Os primeiros sinais podem surgir no início da idade adulta, sobretudo se há antecedentes familiares. A queda é mais acentuada nas têmporas e na coroa e, em certos casos, resta cabelo apenas na zona lateral e na nuca. Segundo as estimativas da American Hair Loss Association, aos 35 anos cerca de 50% dos homens já terão perdido algum cabelo. Existe ainda a alopecia areata, motivada por uma reação autoimune ou predisposição genética que pode ser desencadeada pelo stress, por exemplo, e que se caracteriza pelo aparecimento de peladas em um ou vários pontos da cabeça.

No feminino

Seja associado ao stress ou a alterações hormonais, por exemplo, na gravidez, a maioria das mulheres sofre pelo menos uma vez na vida de queda de cabelo, neste caso o eflúvio telogénico (motivado por agressões externas, stress, acontecimentos traumáticos, oscilações hormonais ou medicamentos). Este é um problema temporário que também pode atingir o sexo masculino e que se resolve naturalmente. Por outro lado, embora esteja associada à ação da hormona masculina, a alopecia androgenética atinge também as mulheres, sobretudo na fase da menopausa, pois a descida dos estrogénios permite uma maior expressão da testosterona. A perda de cabelo é mais difusa e não afeta apenas uma área como no caso masculino, mas abrange todo o couro cabeludo. No caso da alopecia areata, as causas e manifestação clínicas são idênticas às masculinas, envolvendo o aparecimento de peladas.

Tratamentos e soluções

Perante a suspeita de queda de cabelo deve consultar um especialista para um diagnóstico exato. Dependendo do caso, poderá ser recomendada a toma de suplementos ou aplicação tópica de produtos que restabeleçam o equilíbrio capilar e estimulem os folículos, através de fórmulas cosméticas, mesoterapia, laser e/ou eletroestimulação. Corrigir ou suspender os fatores que motivam a queda, por exemplo, alterações hormonais, fármacos, é também essencial. O diagnóstico de alopecia androgenética ou areata pressupõe o acompanhamento médico específico. Para corrigir as zonas afetadas pela perda de fios, existem atualmente técnicas cirúrgicas de transplante com recurso a folículos retirados de outras zonas do couro cabeludo do paciente que têm resultados eficazes e naturais.

Fortalecer cada fio

O cabelo não é só a nossa imagem de marca, como também reflete o nosso estilo de vida (stress, escolhas alimentares, tratamentos capilares), pelo que a sua saúde também depende de nós. Minimize o stress, evite ou reduza a frequência das técnicas de cabeleireiro mais agressivas (pintar, alisamento) e modere o uso de secador ou os penteados que favoreçam a tensão (rabo de cavalo). Deve ainda aplicar produtos capilares que respeitem o seu equilíbrio natural e que permitam fornecer os nutrientes de que necessita. Informe-se junto de um especialista sobre os tipos de produtos e ingredientes mais benéficos para a saúde do cabelo e do couro cabeludo.

A queda de cabelo é um problema comum a homens e mulheres, mas que se manifesta de forma distinta. Conhecer as diferenças é o primeiro passo para garantir uma solução adequada.

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pelo Conselho Científico da AdvanceCare.

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