A psoríase é uma doença crónica inflamatória muito comum, mas não contagiosa, provocada por um sistema imunológico hiperativo.

Identifica-se pela pele escamosa e com formação de manchas ou placas vermelhas cutâneas. Geralmente, é mais frequente em pessoas caucasianas entre os 15 e os 35 anos.

Psoríase Placas vermelhas a cinza da psoríase, doença que afeta 2% dos caucasianos que vivem em zonas temperadas.

A psoríase em crianças é considerada rara.

Causas de Psoríase

As causas da psoríase ainda não estão completamente esclarecidas. Conhece-se apenas que o sistema imunitário e os fatores genéticos desempenham um papel fulcral no seu desenvolvimento. As pesquisas científicas têm confirmado que uma das reações do sistema imunitário, ao ser acionado, é o crescimento acelerado das células da pele. As investigações têm ainda encontrado relação entre a doença e os seguintes fatores de risco:

  • Historial familiar - de acordo com a National Psoriasis Foundation, existem 10% de hipóteses de a doença passar de pai para filho. Se ambos os progenitores sofrerem de psoríase, o risco aumenta para quase 50%.
  • Tabaco – um estudo publicado na revista Psoriasis Advance concluiu que fumar pode duplicar o risco da doença e que essa vulnerabilidade surge aumentada nas mulheres.
  • Consumo de álcool – embora as investigações ainda não sejam conclusivas neste sentido, existem indícios que o álcool também exerce uma ação desencadeante.
  • Stress – sem causar psoríase, pode, no entanto, propiciar condições favoráveis a crises da doença.
  • Temperaturas frias – no inverno, em especial em zonas de clima frio e seco, os sintomas tendem a agravar-se. O excesso ou falta de luz solar estão igualmente identificados como favoráveis aos surtos de psoríase.
  • Obesidade – o excesso de peso provoca a fricção da pele e, consequentemente, tendência para despertar a inflamação cutânea.

Sintomas de Psoríase

Um primeiro surto de psoríase pode acontecer em qualquer momento. Assim que surge, a doença prolonga-se por toda a vida, com um ou mais sinais de gravidade. A frequência e a gravidade com que se manifesta são muito variáveis, mas os sinais tendem a surgir uma vez por mês. A sintomatologia da doença identifica-se por:

  • Pele extremamente seca, escamosa e irritada.
  • Formação de manchas cutâneas brancas/cinzas a vermelhas e placas cutâneas (oito ou nove em cada dez doentes apresentam estes sinais).
  • A vermelhidão é mais frequente no couro cabeludo, cotovelos, joelhos e tronco, mas pode surgir em qualquer parte do corpo, como unhas, palmas das mãos, plantas dos pés e órgãos genitais e, mais raramente, no rosto. A vermelhidão tende a ser simétrica, ou seja, quando afeta o joelho direito, também surge no esquerdo.

Tratamento de Psoríase

  • Não existe um exame específico para diagnosticar a psoríase. A confirmação da doença ocorre por observação clínica da pele ou de tecido cutâneo ao microscópio. Em caso de inflamação situada nas articulações, pode ser solicitado um raio-X.
  • A psoríase não tem cura, mas pode ser controlada com uma dieta alimentar equilibrada, rica em fruta e vegetais, bem como tratamentos tópicos, ou seja, aplicando creme nas zonas afetadas da pele.
  • Os tratamentos sistémicos, administrados por via oral ou injetável, podem tornar-se necessários quando as crises de psoríase se tornam muito frequentes e severas. As substâncias químicas mais usadas são a ciclosporina, a acitretina e metotrexato.
  • Nem sempre é fácil encontrar o medicamento mais indicado para cada caso, pois os doentes tendem a reagir de forma diferente aos tratamentos. Os fármacos biológicos são outra das opções possíveis. Os tratamentos termais também se têm revelado muito benéficos para combater as crises de psoríase.

Artigo revisto e validado pela especialista em Medicina Geral e Familiar Isabel Braizinha.

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