A trombose consiste na obstrução de um vaso sanguíneo provocado pela formação de trombos ou coágulos no interior de uma veia profunda. Isto impede a total ou parcial circulação de sangue nesse vaso sanguíneo, levando à falta de oxigénio e possível morte dos tecidos.

Existem três tipos de trombose, classificados em função da localização do coágulo.

  1. Trombose venosa ou tromboflebite – o coágulo forma-se no interior de uma veia dos membros inferiores ou superiores. A complicação mais grave acontece quando um êmbolo (pedaço do trombo) se desprende, podendo provocar embolia pulmonar.
  2. Trombose arterial – os trombos surgem no interior de uma artéria. Os mais graves localizam-se nas artérias cerebrais, retinianas, coronárias, intestinais e dos membros inferiores. Este tipo de obstrução súbita e total da artéria afetada pode causar um enfarte do miocárdio ou um acidente vascular cerebral (AVC), entre outros.
  3. Trombose cardíaca – quando a formação de trombos ocorre nas cavidades cardíacas e o sangue circula no interior deste órgão de forma muito lenta ou, ao invés, demasiado acelerada. Este tipo de trombose não costuma causar lesões graves no coração, mas, ao haver uma fragmentação constante, pode resultar em embolias noutros tecidos, como os pulmões ou o cérebro. 
Trombose Coágulo de sangue na veia que provoca a trombose.

A sintomatologia varia conforme a localização do coágulo.

Causas da Trombose

Os coágulos no sangue ocorrem quando há alteração ou diminuição do fluxo de sangue nos vasos. Os fatores de risco mais comuns são:

  • Permanecer imobilizado ou na mesma posição por longos períodos de tempo, após intervenção cirúrgica, doença prolongada ou em viagens longas de avião ou automóvel (trombose venosa).
  • Insuficiência cardíaca.
  • Toma de anticoncetivos à base de esteroides (o risco aumenta em fumadores).
  • Lesões na parede das artérias. Aterosclerose ou formação de placas de ateroma no interior das artérias.
  • Na diabetes, quando o doente não recebe o tratamento recomendado.
  • Existência de varizes, que dificultam a circulação sanguínea.
  • Idade avançada.
  • Hipertensão arterial, valvuloplastias e arritmias cardíacas.
  • Aumento da viscosidade sanguínea, que poderá acontecer na policitemia, a qual provoca o aumento da produção de glóbulos vermelhos e consequente espessamento do sangue.
  • Diversos processos infeciosos ou tumores malignos do sangue, em que se registam valores elevados de concentração glóbulos brancos.
  • Em doenças que afetam o sistema imunitário, como o lúpus.
  • Tabagismo.
  • Existência de histórico familiar de coágulos sanguíneos.
  • Gravidez.
  • Parto nos últimos seis meses.
  • Excesso de peso, maus hábitos alimentares e sedentarismo.

Sintomas da Trombose

A sintomatologia varia conforme a localização do coágulo. A obstrução das artérias e a consequente isquemia ou falta de oxigénio nos tecidos que são irrigados podem provocar:

  • Desconforto, náuseas, tonturas ou outras manifestações neurológicas passageiras, em casos de trombose arterial cerebral.
  • Ritmo cardíaco acelerado ou alterado. As tromboses coronárias podem causar angina de peito.
  • Quando o trombo se forma nas veias dos membros inferiores, pode provocar aumento de sensibilidade, dor, edema, rubor e aumento do calor da pele ao toque. 

Tratamento da Trombose

Anticoagulantes - como a heparina ou a varfarina, que diluem o coágulo e impedem a formação de novos trombos.
Trombóticos - usados quando os anticoagulantes são incapazes de tratar a trombose venosa profunda ou o doente desenvolveu complicações graves, como embolia pulmonar, ataque cardíaco ou AVC.
Cirurgia - indicada nas situações clínicas mais graves de trombose venosa profunda ou quando não é possível diluir o coágulo com o uso de anticoagulantes ou trombóticos.

Artigo revisto e validado pelo especialista em Medicina Geral e Familiar, José Ramos Osório.

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