Micro-injeção de gâmetas (ICSI)

Maternidade
Última atualização: 23/10/2024
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Em situação de infertilidade, poderá ser equacionada uma nova abordagem por indicação médica, que consiste na microinjeção de gâmetas – injeção intracitoplasmática de espermatozoides.

O que é a injeção intracitoplasmática de espermatozoides?

A injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI) trata-se de uma especialização da fertilizaçãoin vitro. Consiste na introdução do espermatozoide diretamente no ovócito por meio de microinjeção, em ambiente laboratorial controlado. Desta forma, o que se procura garantir é que a fertilização seja bem-sucedida.

Esta técnica pode ser sugerida devido a vários obstáculos de fertilidade. No entanto, é mais dirigida sobretudo à infertilidade de causa masculina, por exemplo, quando há baixa mobilidade dos espermatozoides ou alterações na sua morfologia. Pode, por isso, ser proposta de imediato ao casal de forma informada neste momento mais difícil sem que haja recurso prévio a outras técnicas de Procriação Medicamente Assistida. No entanto, existem várias opções que variam em possibilidade para cada casal.

Fases do tratamento de microinjeção de gâmetas

Punção ovárica + ICSI

O passo seguinte é a colheita dos ovócitos, efetuada cerca de 36 horas após a administração da gonadotrofina coriónica humana (também conhecida por hCG), ou de outra hormona utilizada para o mesmo efeito. Esta é feita sob controlo ecográfico e com recurso a anestesia, de modo a não existir qualquer desconforto para a mulher. Por sua vez, e após 2 a 3 dias de abstinência sexual, o homem procede à colheita do sémen, que é de imediato preparado em laboratório com vista à microinjeção.
A fertilização acontece logo após a colheita dos ovócitos e dos espermatozoides. O líquido folicular, colhido através da punção, é analisado para identificação dos ovócitos, que são colocados em ambiente de cultura. Posteriormente, é incubado o sémen no qual foi previamente detetada uma concentração adequada de espermatozoides móveis.

Transferência de embriões

A transferência dos embriões realiza-se 2 a 3 dias após a mulher ter efetuado a punção transvaginal, podendo também acontecer 5 a 6 dias depois. O número de embriões a transferir depende da qualidade dos mesmos, da idade da mulher, mas também da decisão do casal. Em regra, transfere-se 1 a 2 embriões por se considerar que este número corresponde a uma melhor taxa de sucesso, com menor risco de uma gravidez múltipla. Os embriões a transferir são colocados num fino cateter que é introduzido no útero. Este procedimento não requer anestesia.

Criopreservação de embriões

O processo de ICSI, por decorrer em ambiente laboratorial controlado, permite acompanhar de perto o desenvolvimento embrionário de forma a identificar quais os embriões que são passíveis de transferência. Em cerca de 50% dos casos obtêm-se mais embriões do que aqueles que são transferidos num primeiro ciclo de tratamento, situação em que é disponibilizada a criopreservação.
Na prática, significa que esses embriões são criopreservados, podendo ser utilizados num futuro ciclo para tentar uma segunda gravidez ou após um caso de insucesso. A grande vantagem deste procedimento é que deixa de haver necessidade de recorrer a um novo processo de estimulação ovárica e à realização de uma nova punção.

Biopsia testicular (quando aplicável)

O procedimento de recolha de espermatozoides faz-se habitualmente a partir do sémen ejaculado. Todavia, há situações excecionais, como as de ausência de espermatozoides no sémen ejaculado – azoospermia – em que é necessário ir diretamente ao local da sua produção. Recorre-se, assim, à biopsia testicular – TESE, sigla inglesa correspondente a extração de espermatozoides testiculares. Este procedimento consiste na recolha de uma pequena porção de tecido testicular para detetar as formas móveis de espermatozoides. Há um pequeno fragmento desta amostra que é encaminhado para anatomia patológica, sendo o restante imediatamente criopreservado.

FAQs

Em que situações se recorre a uma biópsia testicular?

É realizada uma biópsia testicular quando existem situações de azoospermia (ausência de espermatozoides ejaculados). O paciente saberá se necessita de ser sujeito a uma biópsia testicular após serem conhecidos os resultados dos espermogramas efetuados durante a fase de diagnóstico. 

Como é feita a biópsia testicular?

A biópsia testicular é feita sob sedação analgésica e consiste na colheita de tecido testicular para obtenção de espermatozoides e sua criopreservação em azoto líquido. Por sua vez, o tecido testicular criopreservado pode ser mantido até 3 anos. Existe ainda a possibilidade de serem requeridos períodos adicionais de 3 anos para a sua manutenção.

Como funciona a punção ovárica?

A punção ovárica (colheita de ovócitos) é efetuada com controlo ecográfico e sob o efeito de uma sedo-analgesia para minorar o desconforto. Este é um procedimento com a duração de apenas 15 a 20 minutos, sendo a paciente aconselhada a permanecer na clínica 2 a 3 horas após a realização da punção ovárica.

A microinjeção de gâmetas é realizada em regime ambulatório ou de internamento?

A microinjeção de gâmetas é realizada em regime ambulatório.

Existe algum cuidado a ter antes e após o tratamento?

Depois de se proceder à punção ovárica, recomenda-se que a paciente seja acompanhada até casa devido à sedo-analgesia administrada.

Qual a duração média do tratamento?

Punção + Técnica de ICSI + Transferência de embriões: Até 2 semanas (desde o início do tratamento hormonal e punção ovárica até à transferência de embrião, salvo se esta for diferida).

Em que momento é feita a criopreservação dos embriões?

Num período de 2 a 6 dias após o processo de ICSI, quando se obtêm 1 ou mais embriões. 

Quando é aconselhada a criopreservação de embriões?

A criopreservação é fundamental no caso de existirem embriões excedentários ou não existir indicação para transferência a fresco. A utilização de embriões criopreservados permite não submeter a mulher a uma nova estimulação ovárica e respetiva punção.

Qual o local onde irei realizar o tratamento?

O tratamento pode ser realizado no Centro Médico de Assistência à Reprodução (Cemeare) - Prestador convencionado AdvanceCare. Informe-se junto da Cemeare sobre os médicos que o irão acompanhar ao longo de todo o processo. 

Qual o preço do tratamento?

O preço que irá pagar pela microinjeção de gâmetas terá o valor total de 4 160 euros.
Pacote inclui: Punção ovárica + ICSI + Transferência de embriões + Criopreservação de embriões.
No caso de ser necessário o recurso a uma microinjeção de gâmetas com biópsia testicular, acresce o custo de 1 830 euros, passando o valor total a ser 5 990 euros.

Terei de suportar algum custo adicional ao tratamento?

Além do tratamento em si, estão também incluídos os a punção ovárica, a transferência de embriões e a sua respetiva criopreservação. Medicação, exames ecográficos necessários, análises ao sangue, ou a eventual necessidade de apoio psicológico constituem um custo adicional e casual a contratualizar diretamente com a clínica.
No caso de se proceder a uma biópsia testicular, não estão incluídos: a análise histológica de tecido testicular, consulta especializada de Urologia e o custo de eventuais prolongamentos da manutenção de tecido testicular criopreservado para além dos primeiros 3 anos previstos.

Onde deverá ser efetuada a compra? Através da AdvanceCare ou diretamente na Clínica?

A compra deverá ser efetuada na loja online da AdvanceCare. Só deste modo poderá usufruir dos valores convencionados com o Cemeare. Uma vez efetuada a compra, irá receber o seu voucher, devendo apresentar o mesmo na clínica no dia da consulta. Através dos números 210 127 215, poderá ter acesso a um consultor que o irá apoiar e esclarecer ao longo de todo este processo.

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pelo Conselho Científico da AdvanceCare.

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