O colesterol do nosso organismo tem duas origens:
a) Endógena: o colesterol é produzido pelo nosso próprio corpo, principalmente pelo fígado.
b) Exógena: o colesterol também pode ser adquirido através dos alimentos.
Subdivide-se em 3 tipos, com ações distintas:
1. Colesterol HDL
Com lipoproteínas de elevada densidade (HDL – High Density Lipoproteins). É também conhecido por “bom colesterol”, porque tem uma ação protetora ao encaminhar os depósitos de gordura no interior das artérias para o fígado, diminuindo o risco de doenças cardiovasculares. O colesterol HDL baixo é perigoso quando se encontra em concentrações menores que 60mg/dl no sangue.
2. Colesterol LDL
Com lipoproteínas de baixa densidade (LDL – Low Density Lipoproteins). Circula no sangue com o objetivo de ser encaminhado para as células e, em quantidades excessivas, pode alojar-se nas paredes das artérias e aumentar o risco de doença cardiovascular. É considerado o “mau” colesterol. A sua concentração no sangue deve ser inferior a 130 mg/dl.
3. Colesterol VLDL
Com proteínas de muito baixa densidade (VLDL – Very Low-density Lipoprotein), muito parecido com o Colesterol LDL, mas mais perigoso, o VLDL transporta triglicerídeos, é ainda de mais fácil deposição nas artérias, aumentando significativamente o risco de doença cardiovascular. É também um “mau colesterol”.
Entende-se por colesterol total, o valor que agrega todas as frações, a soma dos níveis sanguíneos de HDL + LDL + VLDL.
Há o colesterol mau e o colesterol bom, o que torna pouco eficiente a avaliação conjunta deles. Atualmente o colesterol total é menos valorizado do que os níveis individuais de HDL e LDL.
Os valores de referência para o colesterol total normal não devem exceder os 190mg/dl.
Causas do Colesterol
Os níveis de colesterol podem aumentar devido a vários fatores isolados ou combinados entre si. As principais razões são:
- Idade.
- Genética (hipercolesterolemia familiar – patologia genética em que as pessoas apresentam níveis de colesterol elevados desde a nascença).
- Síndromes metabólicos, como o hipotiroidismo.
- Estilo de vida: alimentação desequilibrada, sedentarismo.
Existem ainda outros fatores que acentuam o risco associado ao colesterol elevado:
- Tabaco.
- Álcool.
- Hipertensão arterial.
- Diabetes ou intolerância à glicose.
- Obesidade.
Sintomas do Colesterol
Apesar de serem um importante fator de risco para outras patologias, nomeadamente cardiovasculares, os níveis de colesterol elevado não apresentam sintomatologia. A única forma de conhecer e vigiar os valores consiste na visita regular ao médico assistente e na realização de análises periódicas ao sangue.
Tratamento do Colesterol
Seguir um estilo de vida saudável é o primeiro passo para corrigir e manter os níveis de colesterol baixos. para tal é necessário evitar erros alimentares (dieta rica em gorduras saturadas e pobre em verduras e fruta), combater o sedentarismo e o excesso de peso.
Uma dieta equilibrada permite reduzir os níveis de colesterol LDL (prejudicial) e a prática regular de exercício físico diminui o colesterol total, aumentando em simultâneo o colesterol HDL (benéfico). Caso as mudanças de hábitos de vida não sejam suficientes, pode recorrer-se a tratamentos farmacológicos.
Artigo revisto e validado pelo especialista em Medicina Geral e Familiar José Ramos Osório.
Conteúdo revisto
pelo Conselho Científico da AdvanceCare.
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