Cerca de um quinto dos portugueses com pré-diabetes

A diabetes mellitus é encarada atualmente como um problema de saúde pública a nível internacional, dadas as sérias consequências que podem decorrer com a progressão da doença. Afim de efetivamente conhecer a prevalência, controlar e monitorizar a diabetes em Portugal, foi realizado o primeiro Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (INSEF 2015), divulgado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge.


diabetes


Para este estudo, foram analisados indivíduos com idade compreendida entre os 25 e os 74 anos, residentes em Portugal. Para se aferir a prevalência de diabetes foi calculado o nível de HbA1c (hemoglobina glicolisada) com valor igual ou superior a 6.5%.

Com base neste estudo foi possível estimar que 5,5% da população entre os 25 e os 74 anos tem um nível de HbA1c superior a 6.5%. Foi também possível extrapolar que 19% da população encontra-se com um nível de glicose que evidencia pré-diabetes (HbA1c entre 5.7% e 6.5%).

O artigo também conclui que a prevalência de diabetes é mais elevada entre indivíduos sem qualquer escolaridade ou apenas com o ensino básico (20.1%) e mais baixa entre pessoas com o ensino superior (4%). Observou-se que a diabetes é também mais elevada nos indivíduos que não exercem qualquer atividade profissional e mais baixa entre trabalhadores. Ainda de notar que o estudo revelou que a incidência da doença em Portugal é mais acentuada sexo masculino que no feminino.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que tenha havido uma evolução no número de pessoas com diabetes, passando de 108 milhões em 1980 para 422 milhões em 2014, correspondendo a uma prevalência de 8.5% em pessoas acima dos 18 anos. Em Portugal notamos que atualmente a doença tem uma representação considerável, em que quase um quinto dos portugueses entre os 25 e os 74 anos apresenta níveis de glicose no sangue que evidenciam pré-diabetes, enquanto 5.5% dos rastreados são diabéticos. A prevalência de diabetes permanece alta no nosso país, sendo mais prevalente entre os indivíduos com um nível socioeconómico mais baixo.

Consulte o estudo completo aqui.

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