Manchas na pele: como prevenir e tratar

Cirurgia Plástica e Estética
Última atualização: 10/04/2023
Manchas na pele: como prevenir e tratar

A certa altura da vida, quase todas as mulheres sofrem de um problema: as manchas cutâneas. Sabia que o perfume, o aipo ou o figo podem causar essas manchas? Neste artigo aprenda a identificar este problema e a combatê-lo.

O que têm em comum o perfume, o aipo, a lima e o figo? Todos podem provocar as indesejáveis e inestéticas manchas na pele. A razão é simples: tanto o perfume como estes alimentos possuem compostos de origem vegetal que, em contacto com os raios solares, se tornam fototóxicos e podem originar lesões pigmentares. Evitar tocar com as mãos na pele, após manusear estes alimentos, e aplicar sempre o perfume sobre a roupa são truques simples que permitem minimizar este risco. Mas existem outras estratégias para conseguir uma pele perfeita. Fique a conhecê-las.

Existem vários tipos de manchas na pele. As mais comuns resultam de agressões à pele que desencadeiam uma hiperpigmentação localizada. Os lentigos, por exemplo, tendem a surgir ao longo do tempo, devido ao efeito cumulativo das radiações solares. Outras manchas podem dever-se a reações, a determinados produtos como o perfume. Por outro lado, existe o melasma, um tipo de mancha cutânea provocada por alterações hormonais, seja devido à toma da pílula contracetiva ou às mudanças naturais da gravidez. As sardas são marcas hereditárias e mais comuns em pessoas com fotótipos mais baixos.

Manchas na pele: principais manifestações

As zonas mais expostas aos raios solares durante o ano, como o rosto, pescoço, decote e mãos, são também aquelas onde o envelhecimento e os lentigos mais se fazem notar. Quando a origem é hormonal, o melasma, as manchas tendem a localizar-se em zonas específicas do rosto como o buço, a testa e o contorno ocular, embora possam também surgir nos braços e antebraços. Estas manchas, vulgarmente designadas por “pano”, são comuns na idade fértil e dependem de fatores hormonais: gravidez, contraceção, doenças do foro ginecológico. Podem atenuar-se naturalmente após o reequilíbrio hormonal, mas devem ser protegidas do sol para não sofrerem um agravamento. Em certos casos, pode mesmo ser recomendada a alteração do método contracetivo.

Distúrbios de pigmentação

Os distúrbios de pigmentação podem causar alterações na pele que são ou mais escuras (hiperpigmentação) ou mais claras (hipopigmentação) do que o tom de pele natural. Embora estas sejam geralmente inofensivas, pode levar a que alguém procure por tratamentos estéticos, no caso de alterações extensas de pigmentação.

Os distúrbios comuns de pigmentação, segundo a Healthline Journal, incluem:

  • Albinismo: o albinismo é uma condição hereditária que leva ao desenvolvimento de pele, olhos e cabelo extremamente claros, devido à falta de melanina.
  • Melasma: o melasma é um tipo de hiperpigmentação que causa manchas mais escuras de pele no rosto e abdómen. Normalmente, desvanece-se e fica mais clara quando se deixa de tomar pílulas anticoncecionais ou após a gravidez. Certas quantidades de exposição solar podem provocar o seu retorno.
  • Vitiligo: esta condição crónica (a longo prazo) causa grandes manchas de hipopigmentação na pele. Embora o vitiligo possa desenvolver-se em qualquer idade, normalmente começa antes dos 20 anos de idade.
  • Manchas "hepáticas" ou de idade (lentigo): estas são manchas comuns de hiperpigmentação causadas por danos solares. As manchas de idade podem desenvolver-se em qualquer parte do corpo, mas tendem a afetar áreas expostas ao sol, tais como as mãos, peito e rosto.

Prevenir, tratar e corrigir as manchas na pele

Prevenir o aparecimento e agravamento das manchas na pele passa por um gesto muito simples: proteger a pele do sol. Aplicar um creme com Fator de Proteção Solar (FPS) superior a 20 todo o ano é essencial. Alguns hidratantes faciais incluem já este filtro na sua composição. Não limite os cuidados ao rosto e inclua outras zonas muitas vezes esquecidas como o pescoço, decote e mãos. Uma vez instaladas, as manchas na pele podem ser alvo de várias abordagens. Os cremes despigmentantes permitem atenuar o problema. A sua aplicação deve ser diária e realizada à noite, uma vez que sensibiliza a pele aos raios solares. Em consultório, a oferta de tratamentos é vasta. Para o melasma pode recorrer ao peeling (em sessões regulares) ou a protocolos de despigmentação, um programa elaborado e prescrito pelos especialistas e que inclui várias formulações com moléculas específicas.

O que dizem os especialistas

Identificar o tipo de mancha cutânea é o primeiro passo para resolver o problema e ninguém melhor do que um especialista para poder avaliar a situação. Assim, sempre que detetar uma alteração cutânea consulte o seu médico que, após observação clínica, poderá indicar o tratamento adequado. Quanto mais cedo for detetada e tratada, maiores serão as probabilidades de sucesso na sua eliminação.

Convém não esquecer que a pele é o órgão que nos protege das agressões externas e merece especial atenção. Vigie a sua pele segundo a regra internacional "ABCDE". Se notar assimetria (A), irregularidade no bordo (B) ou na cor (C), diâmetro superior a seis milímetros (D) ou evolução (E) num sinal, consulte o médico.

As manchas na pele são um problema inestético que afeta o sexo feminino e surge associado a agressões externas e alterações hormonais. O acompanhamento por um médico especialista permite identificar a origem do problema e as soluções certas a implementar, em casa ou no consultório.

Sabia que:

  • As manchas são um dos motivos mais frequentes para a procura de tratamento dermatológico.
  • As pintas pretas são o tipo de mancha mais comum (não têm relação com exposição solar). Estas são características genéticas, já nascemos com predisposição a desenvolvê-las.

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