A ejaculação retrógrada consiste num fenómeno caracterizado pelo refluxo do fluído seminal que, ao invés de sair normalmente através da uretra, flui em sentido contrário, ou seja, em direção à bexiga.
Numa situação normal, durante a ejaculação, a bexiga fecha o colo vesical, impedindo que o esperma penetre no seu interior, compelindo-o, assim, a sair pela uretra. Ao invés do que é suposto, não se dá o total encerramento do esfíncter uretral – pelo que o esperma passa da uretra posterior para o interior da bexiga, o que impede a ejaculação (permanece a sensação de orgasmo).
A ejaculação retrógrada tem como principal consequência a infertilidade masculina.
Causas de Ejaculação Retrógrada
As causas da ejaculação retrógrada podem ser:
Neurológicas:
- Esclerose Múltipla.
- Traumatismos da coluna vertebral.
- Neuropatia periférica secundária.
Traumáticas:
- Cirurgias abdominais ou pélvicas (podem interferir na inervação da bexiga).
- Procedimentos cirúrgicos, como a ressecção endoscópica da próstata podem igualmente interferir no colo vesical.
- Drogas utilizadas para tratamento de doenças cardíacas.
- Hipertensão.
Sinais de Ejaculação Retrógrada
Os sinais da ejaculação retrógrada, são:
Redução no volume do esperma ou ausência do mesmo no momento do orgasmo.
Diagnóstico e tratamento de Ejaculação Retrógrada
O diagnóstico é realizado mediante a observação da presença de sémen na urina.
O tratamento consiste na utilização de fármacos – como a amitriptilina, a imipramina, a efedrina – que visam fechar o colo vesical.
A estimulação vibratória peniana e a eletroejaculação são técnicas especiais utilizadas principalmente em pacientes neurológicos.
Nos casos de infertilidade, os espermatozóides podem ser recolhidos da urina logo após a ejaculação.
Artigo revisto e validado pelo especialista em Medicina Geral e Familiar José Ramos Osório.
Conteúdo revisto
pelo Conselho Científico da AdvanceCare.
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