Alimentação no feminino

Nutrição e Fitness
Última atualização: 26/08/2022

A alimentação na mulher quer-se diversificada, rica em nutrientes e ajustada ao estilo de vida. Mas, também existem conselhos específicos para as diferentes fases da vida.

Para se alimentar bem, cada pessoa deve ter em atenção o seu estilo de vida, peso (atual e desejado) e nível de desgaste profissional ou desportivo. Já a alimentação no feminino exige adaptações em períodos como a gravidez, a amamentação e a menopausa. Falámos com o nutricionista Pedro Queiroz sobre o assunto.

Na gravidez

Segundo Pedro Queiroz, na gravidez “primeiro é preciso saber se é imune à toxoplasmose, pois caso não o seja exigem-se cuidados especiais como retirar a casca das frutas, ingerir legumes sempre cozinhados, evitar morangos e uvas”. Por outro lado, “há alimentos a reforçar como os laticínios, devido ao aporte de cálcio, a água, para manter o corpo bem hidratado, alguns tipos de fruta, para reforçar o sistema imunitário, e as quantidades de peixe e carne para favorecer o crescimento do bebé”. O cálcio é um nutriente muito importante na alimentação, sobretudo na gravidez.

Na amamentação

Sabe-se que o alho, a cebola, a couve galega, o chocolate e os morangos devem ser evitados nesta fase pois alteram o paladar do leite e podem originar cólicas no bebé, alergias, borbulhas e irritações da pele. Assaduras no rabinho e eczemas na pele, são os principais sinais de alerta. Nestes casos, procure ajuda especializada para ajustar a alimentação e descobrir as possíveis causas. Mas para Pedro Queiroz, mais do que proibir, o melhor é ir observando as reações do bebé e “variar os alimentos ajudando o bebé, através do leite materno, a criar os seus próprios paladares e preferências.”

Na adolescência

Na adolescência recomenda-se que os pais estejam atentos a alguns sinais, como o isolamento, as companhias ou o culto excessivo do corpo.
A relação com os alimentos deve ser equilibrada. Caso note excessos ou privações de forma constante e permanente procure acompanhamento especializado.
Às vezes as adolescentes deixam-se engordar para chamarem a atenção ou como escape de alguma questão familiar menos boa. Nestes casos, Pedro Queiroz deixa o seguinte conselho: “Tenha uma conversa franca com a sua filha lembrando algumas pessoas que já tenham passado pelo mesmo e que hoje estão no ‘bom’ caminho. Se a sua filha mostrar disponibilidade deve acompanhá-la a uma consulta mas, nunca force a sua ida.” Uma atividade desportiva também pode ser muito benéfica.

Na menopausa

Nesta fase os níveis hormonais originam muitas vezes variações abruptas de apetite e desregulação da saciedade. “As zonas de acumulação de gordura também se alteram, passando a incidir mais no abdómen. Outro fator é o risco aumentado de osteoporose, que obriga a retificações alimentares e à prática de exercício”, explica o nutricionista.
E deixa algumas dicas: “Alimentos como as bagas de goji, sementes de linhaça e de chia, as nozes, as framboesas e respetiva cetona e os outros frutos vermelhos, a curcuma para temperos mais saudáveis são algumas opções a reforçar nesta fase. As mulheres mais maduras devem otimizar o sistema imunitário com antioxidantes favorecendo desta forma a longevidade e qualidade de vida”.

Alimentos que a mulher deve comer em qualquer idade

Enquanto as modas alimentares vão e vêm, existem alguns elementos-chave para uma alimentação saudável que permanecem inalterados.

De acordo com a Moreland OB-GYN, que define “alimentos saudáveis” como “todos aqueles que fornecem os nutrientes necessários para manter o bem-estar do corpo e reter energia, “a água, os hidratos de carbonos, as gorduras, as proteínas, as vitaminas e os minerais são os principais nutrientes que compõem uma dieta saudável e equilibrada”, devendo também preocuparmo-nos em ingerir alimentos frescos.

Desta forma, uma dieta saudável e equilibrada inclui:

  • Legumes de qualquer subgrupo como: feijão, ervilhas, batatas e também os que têm cor verde escuro, vermelho ou laranja.
  • Frutas inteiras.
  • Grãos integrais, como quinoa, milho, milho e arroz integral.
  • Laticínios integrais.
  • Uma variedade de proteínas, como: carnes magras, ovos, nozes, sementes e produtos de soja
  • Gorduras como azeite ou provenientes das sementes de linhaça ou do abacate.

Sabia que…

  • “Fazer das refeições um momento de partilha de experiências, no convívio da família e longe da televisão, são cuidados a observar”,  defende Pedro Queiroz.
  • O chocolate tem uma substância chamada teobromina que atua ao nível do Sistema Nervoso Central (SNC) e ativa a libertação de serotonina, também chamada elixir da felicidade, que transmite uma sensação de completo bem-estar e prazer. “O que acontece é que ficamos dependentes desta sensação e para nos sentirmos bem recorremos novamente ao chocolate dando início ao que chamamos de vício em chocolate”, esclarece o nutricionista. Nas mulheres, em certas alturas do mês, devido à questão hormonal, esta vontade de ingerir chocolate pode ser maior. No entanto, nem tudo são más notícias.
    O nutricionista não considera dramático “o consumo de 2 a 3 quadrados de chocolate” embora se deva limitar o consumo contínuo e ilimitado devido aos elevados níveis de açúcar e de gordura que apresenta”. Deve optar-se pelo chocolate negro com mais cacau e menos gordura e açúcar. Já  o chocolate branco tem um valor calórico mais alto.
    O chocolate negro protege-nos das doenças cardiovasculares e de vários tipos de cancro.

Agora que lhe demos todas as dicas, chegou a altura de meter mãos-à-obra! Vai sentir-se melhor, e a sua saúde agradece.

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