Alimentação no feminino
- A alimentação na mulher deve ser diversificada e ajustada à sua forma de vida, peso e rotinas. Contudo, esta também deve ser adaptada consoante as diferentes fases da vida: Seja na gravidez, na amamentação, na adolescência, ou na menopausa.
- Saiba também os alimentos que pode (e deve!) comer em qualquer idade! A sua saúde agradece!
A alimentação na mulher quer-se diversificada, rica em nutrientes e ajustada ao estilo de vida. Mas, também existem conselhos específicos para as diferentes fases da vida.
Para se alimentar bem, cada pessoa deve ter em atenção o seu estilo de vida, peso (atual e desejado) e nível de desgaste profissional ou desportivo. Já a alimentação no feminino exige adaptações em períodos como a gravidez, a amamentação e a menopausa. Falámos com o nutricionista Pedro Queiroz sobre o assunto.
Na gravidez
Segundo Pedro Queiroz, na gravidez “primeiro é preciso saber se é imune à toxoplasmose, pois caso não o seja exigem-se cuidados especiais como retirar a casca das frutas, ingerir legumes sempre cozinhados, evitar morangos e uvas”. Por outro lado, “há alimentos a reforçar como os laticínios, devido ao aporte de cálcio, a água, para manter o corpo bem hidratado, alguns tipos de fruta, para reforçar o sistema imunitário, e as quantidades de peixe e carne para favorecer o crescimento do bebé”. O cálcio é um nutriente muito importante na alimentação, sobretudo na gravidez.
Na amamentação
Sabe-se que o alho, a cebola, a couve galega, o chocolate e os morangos devem ser evitados nesta fase pois alteram o paladar do leite e podem originar cólicas no bebé, alergias, borbulhas e irritações da pele. Assaduras no rabinho e eczemas na pele, são os principais sinais de alerta. Nestes casos, procure ajuda especializada para ajustar a alimentação e descobrir as possíveis causas. Mas para Pedro Queiroz, mais do que proibir, o melhor é ir observando as reações do bebé e “variar os alimentos ajudando o bebé, através do leite materno, a criar os seus próprios paladares e preferências.”
Na adolescência
Na adolescência recomenda-se que os pais estejam atentos a alguns sinais, como o isolamento, as companhias ou o culto
excessivo do corpo.
A relação com os alimentos
deve ser equilibrada. Caso note excessos ou privações de forma constante e permanente procure acompanhamento
especializado.
Às vezes as adolescentes deixam-se engordar para chamarem a atenção ou como escape de alguma
questão familiar menos boa. Nestes casos, Pedro Queiroz deixa o seguinte conselho: “Tenha uma conversa franca com a
sua filha lembrando algumas pessoas que já tenham passado pelo mesmo e que hoje estão no ‘bom’ caminho. Se a sua
filha mostrar disponibilidade deve acompanhá-la a uma consulta mas, nunca force a sua ida.” Uma atividade desportiva
também pode ser muito benéfica.
Na menopausa
Nesta fase os níveis hormonais originam muitas vezes variações abruptas de apetite e desregulação da saciedade. “As
zonas de acumulação de gordura também se alteram, passando a incidir mais no abdómen. Outro fator é o risco
aumentado de osteoporose, que obriga a
retificações alimentares e à prática de exercício”, explica o nutricionista.
E deixa algumas dicas: “Alimentos
como as bagas de goji, sementes de linhaça e de chia, as nozes, as framboesas e respetiva cetona e os outros frutos
vermelhos, a curcuma para temperos mais saudáveis são algumas opções a reforçar nesta fase. As mulheres mais maduras
devem otimizar o sistema
imunitário com antioxidantes favorecendo desta forma a longevidade e qualidade de vida”.
Alimentos que a mulher deve comer em qualquer idade
Enquanto as modas alimentares vão e vêm, existem alguns elementos-chave para uma alimentação saudável que permanecem inalterados.
De acordo com a Moreland OB-GYN, que define “alimentos saudáveis” como “todos aqueles que fornecem os nutrientes necessários para manter o bem-estar do corpo e reter energia, “a água, os hidratos de carbonos, as gorduras, as proteínas, as vitaminas e os minerais são os principais nutrientes que compõem uma dieta saudável e equilibrada”, devendo também preocuparmo-nos em ingerir alimentos frescos.
Desta forma, uma dieta saudável e equilibrada inclui:
- Legumes de qualquer subgrupo como: feijão, ervilhas, batatas e também os que têm cor verde escuro, vermelho ou laranja.
- Frutas inteiras.
- Grãos integrais, como quinoa, milho, milho e arroz integral.
- Laticínios integrais.
- Uma variedade de proteínas, como: carnes magras, ovos, nozes, sementes e produtos de soja
- Gorduras como azeite ou provenientes das sementes de linhaça ou do abacate.
Sabia que…
- “Fazer das refeições um momento de partilha de experiências, no convívio da família e longe da televisão, são cuidados a observar”, defende Pedro Queiroz.
- O chocolate tem uma substância chamada teobromina que atua ao nível do Sistema Nervoso Central (SNC) e ativa a
libertação de serotonina, também chamada elixir da felicidade, que transmite uma sensação de completo bem-estar
e prazer. “O que acontece é que ficamos dependentes desta sensação e para nos sentirmos bem recorremos novamente
ao chocolate dando início ao que chamamos de vício em chocolate”, esclarece o nutricionista. Nas mulheres, em
certas alturas do mês, devido à questão hormonal, esta vontade de ingerir chocolate pode ser maior. No entanto,
nem tudo são más notícias.
O nutricionista não considera dramático “o consumo de 2 a 3 quadrados de chocolate” embora se deva limitar o consumo contínuo e ilimitado devido aos elevados níveis de açúcar e de gordura que apresenta”. Deve optar-se pelo chocolate negro com mais cacau e menos gordura e açúcar. Já o chocolate branco tem um valor calórico mais alto.
O chocolate negro protege-nos das doenças cardiovasculares e de vários tipos de cancro.
Agora que lhe demos todas as dicas, chegou a altura de meter mãos-à-obra! Vai sentir-se melhor, e a sua saúde agradece.
Conteúdo revisto
pelo Conselho Científico da AdvanceCare.
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