Cirurgia plástica: motivações, tendências e cuidados prévios a ter

Cirurgia Plástica e Estética
Última atualização: 25/11/2022
  • Parecer bem, mas também sentir-se bem, são as principais motivações que levam alguém a decidir fazer uma cirurgia plástica.
  • As tendências revelam que a geração Millennial está a desafiar a definição de idade, procurando a cirurgia plástica estética mais cedo. Mais recentemente, devido à Covid-19, emergiu o chamado “efeito Zoom”,  que trouxe uma mudança drástica a favor dos procedimentos faciais.
  • Se já se decidiu, conheça antes os cuidados a ter e como procurar um cirurgião plástico credenciado.
Cirurgia plástica: motivações, tendências e cuidados prévios a ter

Fique a conhecer quais as principais motivações para fazer uma cirurgia plástica, as tendências atuais ainda o que deve ter em conta antes de submeter-se a uma cirurgia.

Motivações para a cirurgia estética? Parecer bem e sentir-se bem!

A procura pela especialidade de cirurgia plástica estética tem crescido consistentemente em todo o mundo. Corrigir ou melhorar uma característica física é algo que, hoje em dia, é feito sem complexos. Tudo aponta para que a grande motivação seja não só parecer como sentirmo-nos bem por dentro e por fora, com foco na saúde, na confiança, autoestima e no empowerment. 

O médico cirurgião plástico, Hélder Veríssimo Silvestre, explica porquê: “A sociedade em que vivemos privilegia cada vez mais a manutenção da beleza e formas físicas”, observa o especialista. Os media replicam modelos de beleza em todas as idades, que fazem as pessoas quererem, de alguma forma, assemelhar-se. “Por outro lado, temos vidas profissionais, sociais e pessoais até cada vez mais tarde, querendo, desta forma, ter a nossa maturidade mas sem nos sentirmos ‘velhos’”, acrescenta. E a cirurgia plástica dispõe, cada vez mais, de cirurgias e tratamentos minimamente invasivos, seguros e com décadas de aperfeiçoamento para que os resultados sejam eficazes e naturais.

As tendências na cirurgia plástica

Segundo a Academia Americana de Cirurgia Plástica e Reconstrutiva Facial (AAFPRS), a geração Millennial está a desafiar a definição de idade, assumindo o controlo do processo de envelhecimento. "Este segmento emergente está bem informado sobre os cuidados high tech com a pele e a proteção solar e começam a fazer preenchimentos faciais antes de completar trinta anos", refere.

Ainda de acordo com a AAFPRS, as selfies têm um impacto cada vez maior na estética. Já antes da pandemia, em 2017, 55% dos cirurgiões plásticos faciais foram procurados por quem queria ter uma melhor aparência em selfies (um aumento de 13% em relação a 2016). Por isso mesmo, alguns dos métodos mais requisitados foram a realização de rinoplastia, cirurgia que permite remodelar o nariz, dando-lhe uma forma mais harmoniosa, e a queiloplastia, cirurgia para aumentar ou diminuir os lábios e corrigir algumas imperfeições de nascença, como o lábio leporino.

Já mais recentemente, ”o ano de 2020 revolucionou a indústria estética e foi tudo menos previsível”, nota o último relatório da Academia Americana de Cirurgia Plástica e Reconstrutiva Facial.

Embora nos últimos anos, o uso de procedimentos não invasivos para prevenir os sinais de envelhecimento tenha aumentado constantemente, “a pandemia mudou o interruptor, criando um aumento na procura cirúrgica nunca antes visto”.

Com efeito, 70% dos cirurgiões da AAFPRS relatam um aumento nas reservas e tratamentos ao longo da pandemia Covid-19, com 9 em cada 10 cirurgiões plásticos faciais a indicar um aumento de mais de 10%. 

Os membros da AAFPRS que experimentaram um maior volume de pacientes quase por unanimidade (96%) indicam isso acontece porque “homens e mulheres têm mais tempo e flexibilidade para recuperar das cirurgias devido ao distanciamento social e aos benefícios de trabalhar em casa”. A rinoplastia (78%), o lifting facial (69%), a blefaroplastia (65%) e o lifting/tratamento do pescoço (58%) aumentaram notavelmente, “provavelmente devido a mais tempo gasto em dispositivos digitais e um estilo de vida virtual sem precedentes”, lê-se no relatório da AAFPRS divulgado em 2021.

O “efeito Zoom”

O “efeito Zoom” é apontado como o principal motivo para esta mudança drástica a favor dos procedimentos faciais.

Desde estudantes presos a um computador o dia todo, a adultos que trabalham e socializam atrás de um ecrã, a verdade é que todos nós fomos obrigados a conviver com a nossa própria imagem, o que poderá ter sido responsável por mudanças significativas na autoperceção e explicar a intensificação da procura por cirurgias plásticas faciais. Os números assim o demonstram, pois em 2020, o número de adolescentes que procuraram a rinoplastia aumentou em relação a 2019, com 41% dos cirurgiões identificando esse facto como uma tendência crescente, juntamente com o desejo de parecer melhor nas videoconferências (uma nova tendência, relatada por 16% dos membros da AAFPRS).

Procedimentos mais comuns

Relativamente aos procedimentos mais comuns, estes foram semelhantes aos de 2019, apesar da interrupção causada pela Covid-19. Os três procedimentos cirúrgicos mais comuns realizados pelos membros da AAFPRS em 2020 foram a rinoplastia, o lifting facial (incluindo lifting parcial) e blefaroplastia (lifting pálpebras).

As mulheres continuam a ser quem mais procura a cirurgia plástica facial, com neurotoxinas (72%), preenchimentos (61%) e rinoplastia (52%) no topo da lista de desejos de 2020. O transplante de capilar é o único procedimento para o qual os homens superam as mulheres. 

A otoplastia (remodelação cirúrgica da orelha externa) é a cirurgia com maior “igualdade de género” e o procedimento mais comum entre as pessoas com menos de 34 anos é a rinoplastia.

Cuidados a ter

“Uma cirurgia plástica estética, como todos os atos cirúrgicos, necessita de uma rigorosa preparação.” A história clínica atenta, exames complementares de diagnóstico e uma preparação meticulosa da mente e do corpo do paciente para a cirurgia”, adverte o cirurgião plástico Hélder Veríssimo Silvestre. Por isso, é fundamental que todas as patologias, medicação, alergias e cirurgias prévias devem ser investigadas, de forma que a intervenção cirúrgica seja feita na máxima segurança e conforto. “A clínica ou hospital devem ter todas as condições para realizar a cirurgia em causa”, alerta o médico.

Como procurar um cirurgião plástico e estético

Conheça os 5 conselhos do cirurgião plástico Hélder Veríssimo Silvestre para quem procura um especialista:

  1. Deve ter em atenção se o cirurgião é Cirurgião Plástico Reconstrutivo e Estético, e se é devidamente reconhecido como tal pela Ordem dos Médicos. Será uma garantia que aquele médico teve o treino necessário para fazer aquele ato médico.
  2. Procurar referências de pessoas que conheça que foram operadas com ‘problemas’ semelhantes e consultar sempre, pelo menos, dois cirurgiões.
  3. Ter muito cuidado com a informação disponibilizada na internet.
  4. Pesquisar as clínicas médicas nas quais se praticam a cirurgia que deseja fazer, de forma a diminuir o risco de informação enganosa.
  5. Em caso de dúvida, deverá informar-se melhor. A decisão deverá sempre ser consciente e informada.

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