Cirurgia plástica: o que deve perguntar na primeira consulta

Cirurgia Plástica e Estética
Última atualização: 09/12/2022
  • A decisão de fazer uma cirurgia plástica é extremamente pessoal, na qual o deverão ser tidos em conta os eventuais benefícios os possíveis riscos e complicações.
  • Na primeira consulta de cirurgia plástica deverá colocar ao médico cirurgião as perguntas certas e ouvir as respostas com a máxima atenção. Só depois de refletir é que estará preparado para assinar o consentimento informado e avançar para a cirurgia.
cirurgia plástica primeira consulta

Antes de se submeter a uma cirurgia plástica existem várias informações que deve ter em conta e que lhe vão permitir tomar uma decisão da qual não se arrependa. Assim, a primeira consulta é essencial para esclarecer todas as dúvidas que possa ter sobre a cirurgia, os riscos associados, os resultados que pode esperar e o pós-operatório. Fique a saber o que não deve deixar de perguntar ao especialista.

Uma cirurgia plástica é, como o nome indica, uma cirurgia. Ou seja, tal como qualquer intervenção cirúrgica envolve vários riscos e é essencial estar devidamente informado antes de tomar uma decisão – é também por isso que, antes da cirurgia plástica, todos os pacientes têm de assinar um documento (“consentimento informado”) em que declaram estarem devidamente informados acerca da intervenção cirúrgica a que se vão submeter e aceitarem os termos em que esta se vai realizar.

De acordo com a American Society of Plastic Surgeons (ASPS), o paciente poderá obter melhores resultados se comunicar abertamente com o médico, se este concordar que o paciente tem indicações para fazer aquela cirurgia específica e se ambos trabalharem no sentido de atingirem objetivos realistas.

Uma decisão extremamente pessoal

Como já salientado, a decisão de fazer uma cirurgia plástica é extremamente pessoal, na qual o paciente terá sempre de decidir se os seus objetivos são atingíveis e se os riscos e possíveis complicações são aceitáveis. De qualquer forma, o cirurgião plástico e/ou equipa explicará detalhadamente os riscos associados à cirurgia.

Não deixe de fazer perguntas: É muito importante fazer perguntas ao cirurgião plástico sobre o seu procedimento. É natural sentir alguma ansiedade, entusiasmo pelo novo visual antecipado ou stress pré-operatório. Não tenha vergonha de discutir esses sentimentos. Até porque, a parceria com seu cirurgião plástico não termina quando sua cirurgia é concluída. Este é um relacionamento que permanecerá. A verdade é que embora os resultados de muitos procedimentos cirúrgicos plásticos sejam muitas vezes permanentes, pode haver mudanças à medida que envelhece ou devido a outras circunstâncias. É por isso que é sugerido a manutenção de um cronograma regular de exames de acompanhamento.

Cirurgia plástica: motivações e expetativas irrealistas

Muitas pessoas que querem submeter-se a uma cirurgia plástica têm como motivação colmatar a insatisfação que sentem em relação a determinada área do rosto ou corpo e, com isso, aumentar a autoestima, autoconfiança e satisfação com a vida em geral. Assim, é necessário ter em conta que, submeter-se a uma cirurgia plástica poderá gerar satisfação e aumentar a autoestima mas não irá resolver todas as suas inseguranças e problemas pessoais/sociais/profissionais – nem tão pouco é uma garantia de juventude eterna.

Os perigos de uma decisão precipitada

Existem vários perigos de uma decisão precipitada. Alguns são bastante óbvios: vir a arrepender-se de ter realizado a cirurgia plástica, ter expetativas irrealistas por não estar devidamente informado ou os resultados serem pouco satisfatórios. Os outros perigos estão relacionados com a saúde do paciente. Como foi acima referido, uma intervenção cirúrgica implica riscos e eventuais complicações (riscos associados à anestesia, hematoma, infeção, má cicatrização, acumulação de líquidos, necrose dos tecidos, trombose venosa profunda, complicações pulmonares e cardíacas, entre outros riscos e complicações inerentes à intervenção cirúrgica em causa).

Assim, o primeiro passo é escolher um especialista credenciado, em quem possa confiar plenamente, e com quem possa discutir as suas motivações e expetativas em relação aos resultados do procedimento. O segundo é fazer-lhe as perguntas certas e ouvir as respostas com a máxima atenção. Só depois de refletir é que estará preparado para assinar o consentimento informado, esclarecer eventuais dúvidas que tenham surgido ou, ainda, decidir que esta não é a opção certa para si. Leia o guião de questões que preparámos para a sua primeira consulta.

As 20 perguntas que deve fazer ao seu médico na primeira consulta:

  1. Tenho indicações para me submeter a esta cirurgia plástica?
  2. Existe um procedimento não cirúrgico que me permita obter os resultados que pretendo?
  3. Que exames médicos terei de realizar previamente?
  4. Quais são os custos desta cirurgia?
  5. Onde se vai realizar?
  6. O local reúne todas as condições de segurança necessárias?
  7. Como se processa exatamente esta intervenção cirúrgica?
  8. Implica algum tipo de preparação nos dias que a antecedem?
  9. Quais são os riscos e complicações associados a esta cirurgia plástica?
  10. Que tipo de anestesia vai ser utilizada?
  11. Vou ter de ficar internada/o?
  12. O período pós-operatório vai ser doloroso?
  13. Que cuidados terei de ter no pós-operatório?
  14. Quanto tempo irei necessitar para regressar à minha rotina habitual?
  15. Em termos de resultados, o que devo esperar?
  16. Tem fotografias do “antes e depois” da cirurgia que me possa mostrar?
  17. Quanto tempo depois da cirurgia serão visíveis os primeiros resultados?
  18. Os resultados são definitivos?
  19. Que cuidados deverei ter, no dia a dia, para manter/prolongar os resultados alcançados?
  20. O que está ao meu alcance fazer se os resultados não corresponderem ao que era esperado?

Depois de esclarecer, na primeira consulta, todas as dúvidas relativas à cirurgia estética que pretende fazer, estará devidamente informada/o sobre todos os passos e riscos envolvidos e não tomará uma decisão precipitada, mesmo que isso envolva concluir, depois da conversa com o médico, que “aquele” não é o procedimento cirúrgico mais adequado ao seu caso.

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