Como prevenir a Covid-19 durante as férias?

Saúde e Medicina
Última atualização: 21/07/2022
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Em tempo de férias é importante conhecer as medidas de prevenção para evitar o contágio de Covid-19. Aproveite as suas férias com saúde!

A saúde não deve ficar em segundo lugar e todos os cuidados são poucos quando falamos de infeção por Covid-19. Para esclarecer as principais dúvidas que ainda existem em relação à Covid-19, falámos com o infeciologista Vítor Laerte para saber como evitar o seu contágio.

Verão é tempo de férias e evasão, mas não se esqueça da sua saúde!

Depois de um longo período em que as regras contra a Covid-19 ditavam como nos devíamos comportar em sociedade, as mesmas atenuaram e temos liberdade para a não utilização de máscaras em locais públicos, com exceção dos transportes e serviços de saúde e cuidados de saúde (ex. lares). Contudo, isto não significa que devemos esquecer estas normas e os sinais e sintomas associados à infeção, especialmente durante o verão, com as férias e a imensa necessidade de sair de casa e espairecer.

A realidade é que, apesar do desconfinamento, a pandemia de Covid-19 é ainda uma constante com que todos temos de lidar, o que tornar imperativo evitar o contágio para proteger a saúde individual e coletiva. Para saber como desfrutar das férias em segurança, perguntámos a Vítor Laerte, especialista em medicina do viajante e doenças infeciosa, quais as opções mais indicadas e seguras para fazer férias este verão. Segundo o médico, é importante não esquecer que “as medidas de prevenção da transmissão do vírus continuam a valer, já que o agente continua a circular e a causar casos em Portugal, como demonstram as estatísticas divulgadas pela Direção-Geral da Saúde”. E, no caso de viajar para fora da sua área de residência, o especialista sublinha a necessidade de se “usar sempre a máscara, higienizar as mãos frequentemente e evitar as aglomerações”, sendo que “estes cuidados são particularmente importantes nas estadias em hotéis e ao frequentar locais públicos como cafés e restaurantes”.

Alugar uma casa ou ir para um hotel?

Durante o período de férias é tentador passar alguns dias fora de casa, aproveitar com a família e amigos, conhecer novos locais, contudo, qualquer que seja a opção para passar uns dias de férias este verão, Vítor Laerte é taxativo: “O risco existe e aumenta com a aglomeração de pessoas.” Assim, “as medidas de distanciamento social e a etiqueta respiratória são devem ser esquecidas.”

Alugar uma casa está a ser a escolha de muitos portugueses, mas tendo em conta que esta decisão não é totalmente isenta de riscos, há alguns cuidados que devem ser observados. Segundo o médico, “o contacto com superfícies infetadas tem o potencial de transmitir o vírus, no entanto, esta via é menos importante que a transmissão pessoa a pessoa, como observado com os outros vírus respiratórios”. Nesse sentido, “as medidas de higiene básicas e a utilização de substâncias de base alcoólica, como o álcool-gel, para a higienização das mãos são indispensáveis”. Por outro lado, é também recomendável que “as superfícies com maior manipulação, como braços de cadeira, os tampos de mesa, as torneiras, os interruptores e os corrimãos, entre outras, sejam higienizadas mais frequentemente com substâncias antisséticas”. O especialista sublinha ainda que “é importante manter a ventilação adequada dos ambientes”.

É seguro ir à praia?

As praias continuam a ser um local que ainda desperta muitas dúvidas, devido à lotação das mesmas. Vítor Laerte reconhece que tendo em conta que “a praia é um ambiente aberto com incidência de luz solar em abundância e constante circulação de ar, ou seja, com fatores que dificultam a transmissão do vírus”. Todavia, mesmo neste contexto, “há muitas oportunidades de transmissão”, apontando “a aglomeração de pessoas e o contacto com superfícies contaminadas, nomeadamente, cadeiras, garrafas, alimentos, barracas de praia, etc.”

Em situações em que o distanciamento social não pode ser assegurado, o especialista reforça a necessidade de se usar máscara e higienizar as mãos. Porém, lembra que “o uso de máscara não é aconselhável para crianças menores de dois anos, indivíduos com dificuldades respiratórias ou que não sejam capazes de retirar a máscara por si mesmos”. Acrescenta ainda que “não se pode usar máscara no banho de mar, pois a máscara molhada perde o efeito protetor e torna a respiração mais difícil”.

Viajar: sim ou não?

Vítor Laerte reforça também a importância de se marcar previamente uma consulta do viajante, com o objetivo de “avaliar se o destino tem restrições em relação às viagens, como a imposição de quarentena aos viajantes, assim como perceber as medidas de prevenção e as situações em que o uso de máscara não é aconselhável”. A este propósito, informa que “as viagens são desaconselhadas para quem está doente”.

Cinco regras para frequentar restaurantes e esplanadas

  • Desinfetar as mãos à chegada ao estabelecimento e sempre que tocar em locais potencialmente contaminados (terminal de multibanco, por exemplo);
  • Privilegiar, sempre que possível, espaços exteriores, mantendo distância em relação às outras mesas;
  • Se tiver de ficar no interior do estabelecimento, procure situar-se perto de janelas, caso estas possam ser abertas;
  • Apesar de já não ser obrigatório, procure usar máscara para se deslocar no interior do restaurante, por exemplo, quando vai à casa de banho;
  • Se estiver doente ou apresentar indícios de infeção por Covid-19, faça um teste antes de se deslocar para restaurantes e esplanadas.

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pelo Conselho Científico da AdvanceCare.

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