Massagem pré-parto: benefícios e precauções
- A massagem pré-parto é muito frequente e recomendada em mulheres grávidas, já que apresenta muitos benefícios.
- Os benefícios que esta massagem oferece à mulher são inúmeros, incluindo a regulação hormonal, redução do edema e alívio da dor ciática.
- No entanto, é necessário que seja aconselhado primeiro por um médico antes de iniciar qualquer tipo de massagem. Algumas das precauções a ter em conta serão na fase da gravidez, a técnica aplicada, a posição no momento da massagem, se o terapeuta é credenciado e o estado de saúde da grávida.
A preparação pré-parto é essencial para aquele que é o momento mais esperado: dar à luz o seu filho. As massagens podem ser uma boa opção para quem se prepara para ser mamã. Fique a saber mais sobre os benefícios e precauções das massagens pré-parto.
A massagem é definida como um método de tratamento manual ou instrumental que consiste em submeter os tecidos a diversos tipos de manipulação – beliscar, percutir, friccionar, amassar, fazer vibrar – e que é utilizada para fins como relaxar, combater dores, ajudar na reabsorção de derrames ou combater a celulite. Veja quais os benefícios da massagem pré-parto.
1. Regulação hormonal
De acordo com a American Pregnancy Association (APA), estudos realizados com mulheres grávidas nos últimos 10 anos mostraram que a introdução da massagem terapêutica nos cuidados pré-natais promove a regulação do humor e melhorias na saúde cardiovascular. Em mulheres que receberam massagens 2 vezes por semana durante 5 semanas, houve uma diminuição dos níveis das hormonas norepinefrina e cortisol (associadas ao stress) e um aumento dos níveis de dopamina e serotonina, que em níveis baixos estão associados à depressão. Estas alterações hormonais também conduziram a menos complicações durante o parto e nos recém-nascidos, como baixo peso à nascença.
2. Redução do edema
O inchaço das articulações durante a gravidez é, frequentemente, causado por uma circulação reduzida e pelo aumento da pressão exercida pelo útero, mais pesado, nos principais vasos sanguíneos. A massagem ajuda a estimular os tecidos moles de forma a reduzir a concentração de fluidos nas articulações inchadas, o que também melhora a remoção de desperdícios dos tecidos realizada pelo sistema linfático.
3. Alívio da dor ciática
A dor do nervo ciático afeta muitas mulheres no final da gravidez, já que o útero repousa sobre os músculos do pavimento pélvico e da parte inferior das costas. A pressão exercida pelo útero cria tensão nos músculos das pernas, provocando inchaço e pressão nos nervos mais próximos. Ao dirigir-se aos nervos inflamados, a massagem terapêutica ajuda a libertar a tensão muscular. Muitas mulheres, durante a gravidez, experimentaram uma redução significativa das dores no nervo ciático, através de massagem.
Outros benefícios potenciais da massagem pré-natal, incluem:
- Redução das dores lombares;
- Redução da dor articular;
- Melhoria da circulação;
- Redução da tensão muscular e dores de cabeça;
- Redução do stress e da ansiedade;
- Melhor oxigenação dos tecidos moles e músculos;
- Melhor sono.
Apesar de a massagem poder ser usada para melhorar o bem-estar da mãe e do bebé, é necessário ter em consideração algumas precauções. Reunimos para si as recomendações da American Pregnancy Association (APA).
Precauções
Antes de se submeter a qualquer tipo de massagem pré-parto, é essencial que se aconselhe sobre essa possibilidade com o seu médico obstetra e que lhe peça orientações, nomeadamente quanto aos seguintes aspetos:
1. Fase da gravidez
À partida, a massagem pode ser realizada em qualquer fase da gravidez, mas uma vez que durante o 1º trimestre de gravidez (12 semanas) existe maior risco de aborto espontâneo deve haver aconselhamento específico para cada caso.
2. Técnica aplicada
Segundo a APA, a massagem sueca é a técnica mais recomendada para a massagem pré-natal, por responder a muitos desconfortos comuns associados a alterações do esqueleto e da circulação que ocorrem durante a gravidez. Neste tipo de massagem, além de se dar atenção à mobilidade das articulações, são realizados movimentos amplos nos músculos, com pressão moderada, de forma a relaxar a tensão muscular e melhorar a circulação sanguínea e linfática.
Nas pernas, recorre-se à drenagem linfática para melhorar a circulação sanguínea. Esta massagem permite prevenir edemas, prevenir ou diminuir a celulite, assim como o cansaço e o peso nas pernas. Nas costas, realiza-se uma massagem relaxante, que alivie os músculos e as dores nas articulações, o que irá em simultâneo melhorar a amplitude de movimento, ajudando também a diminuir o nível de stress.
3. Posição durante a massagem
De acordo com a APA, a melhor posição para a realização da massagem é de lado. Segundo esta associação, as marquesas com um buraco podem não ser de confiança, porque podem exercer pressão sobre o abdómen ou permitir que ele balance, causando desconforto e alongamento dos ligamentos do útero. Além disso, ao estar deitada de lado a grávida fica mais confortável, o que permite aliviar a tensão e as dores nas costas. É importante que se informe sobre este aspeto antes da marcação.
4. Credenciação profissional
A APA recomenda, ainda, que se procure um terapeuta certificado em massagem pré-parto, já que estão mais bem preparados para responder a necessidades e alterações específicas do corpo durante a gravidez.
5. Estado de saúde
No caso de apresentar algum problema de saúde, é importante que fale com o seu médico. Principalmente, se tiver uma gravidez de alto risco, se sofre de hipertensão induzida pela gravidez, pré-eclâmpsia, edema, cefaleias súbitas e severas, se deu à luz recentemente ou se teve um parto antes do termo.
Se está grávida e já teve contrações Braxton-Hicks, deve alertar o terapeuta antes da realização da massagem pré-parto.
As massagens podem melhorar a saúde de muitas grávidas. Se realizadas sob orientação e aconselhamento médico e por profissionais especializados, podem integrar a rotina pré-natal e fornecer um apoio físico e emocional importante para melhorar a saúde e bem-estar do bebé e da mãe.
Conteúdo revisto
pelo Conselho Científico da AdvanceCare.
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