Vai de férias para um destino tropical?
- Antes de viajar é fundamental ter um plano de saúde profilático estabelecido pelo médico em função do destino das férias de sonho que sempre desejou.
- Seguir os conselhos médicos nos países tropicais e exóticos é imprescindível para que, no regresso, apenas traga boas memórias e muitas histórias para contar.
- Neste artigo explicamos quais os principais cuidados a ter antes de viajar, em viagem e depois da viagem, já em casa.
Descansar alguns dias num paraíso exótico implica várias precauções que devem ser tomadas antes, durante e depois da estadia. Pedir aconselhamento pode evitar dissabores e tornar a sua viagem perfeita.
Viajar para fora da Europa, em especial para países tropicais, é sempre uma oportunidade única de viver experiências
marcantes, conhecer novas culturas e lugares. No entanto, as diferenças não são só paisagísticas e etnográficas. Em
sítios exóticos, existem microrganismos e agentes patológicos contra os quais o sistema imunitário de um ocidental
pode não estar preparado para se defender. Por isso, antes de uma viagem deverá
sempre procurar aconselhamento de um especialista e ter alguns cuidados preventivos, essenciais para evitar
dissabores em época de férias. Lembre-se, ainda, que convém evitar determinados destinos em época alta, onde exista
muito calor, chuvas ou a possibilidade de furacões.
Antes da viagem: cuidados a ter
A marcação de uma consulta do viajante é provavelmente o primeiro passo se está a pensar viajar para um país tropical. Como explica o site do SNS 24, nesta consulta será informado sobre medidas preventivas (ou curativas) a adotar antes, durante e depois da viagem, em função do destino, da viagem e de quem viaja.
Estas medidas incluem:
- A vacinação ou toma preventiva de medicação contra múltiplas doenças de risco baixo ou inexistente em Portugal;
- A informação sobre higiene individual e cuidados a ter com a água e os alimentos que se ingerem;
- O aconselhamento e prescrição da farmácia do viajante que pode ou deve levar consigo;
- Informações sobre assistência médica, riscos de acidentes e segurança ou outros nos destinos para que viaja.
Estas consultas são extremamente importantes para os viajantes saudáveis e em particular para grávidas, crianças, idosos e indivíduos com doenças crónicas.
O Ministério da Saúde aconselha igualmente a consulta que está disponível na secção conselhos aos viajantes do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Onde e quando marcar as consultas de saúde do viajante?
De acordo com o Ministério da Saúde, há consultas e centros de vacinação internacional espalhados por todo o país, em cada uma das Administrações Regionais de Saúde e nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira.
A sua marcação deve ser feita pelo menos 1 a 2 meses antes da viagem e deve levar consigo:
- Documento de identificação;
- Documento com número de utente de serviço de saúde;
- Boletim individual de saúde/vacinas;
- Certificado internacional de vacinação (se já o tiver).
O que deve ser aconselhado sobre vacinas?
Antes de viajar, verifique se as crianças e jovens até aos 18 anos têm as vacinas do Programa Nacional de Vacinação (PNV) atualizadas.
Aos adultos, recomenda-se que tenham atualizada a vacina contra o tétano e difteria e ainda a vacina contra o sarampo. Recorde-se que as vacinas incluídas no Plano Nacional de Vacinação são administradas gratuitamente nos centros de saúde e não necessitam de prescrição médica.
Depois, dependendo do destino e do tipo de viagem, podem ser recomendadas vacinas específicas, devendo ainda ter em atenção que as recomendações para viajantes são frequentemente atualizadas de acordo com a situação epidemiológica das doenças.
Geralmente, são aconselhadas as vacinas contra a cólera, difteria, sarampo, papeira e rubéola, encefalite japonesa, hepatites A e B, gripe, raiva, tétano e febre tifoide. Já a vacina da febre amarela é obrigatória para entrar em África, América Central e América do Sul. E se o seu destino é Meca, a Arábia Saudita exige a vacina da meningite meningocócica. Como não existe vacina para a malária, a mais mortífera doença tropical, os medicamentos profiláticos terão de ser iniciados uma semana antes da viagem e só serão terminados no final da quarta semana depois de regressar de viagem.
Na mala, é obrigatório levar roupas confortáveis, mas que cubram as pernas e braços, protetor solar, repelente de insetos, bem como um kit médico de emergência com anti-histamínicos e antipiréticos.
Durante a viagem: cuidados a ter
A malária é um dos riscos principais nas viagens para os países tropicais. Ao contrário dos mosquitos responsáveis pela dengue e febre amarela, que atacam ao longo do dia, o Anopheles pica ao crepúsculo, à noite e ao amanhecer. Por isso, tenha especial atenção nestas alturas do dia, recorrendo a repelentes de insetos, vestindo roupas compridas e dormindo protegido por redes mosquiteiras impregnadas. É igualmente importante seguir os conselhos médicos para evitar gastroenterites, diarreias ou outros distúrbios mais graves como a hepatite, a cólera ou a febre tifoide.
Como prevenir a diarreia do viajante?
Segundo a Direção-Geral da Saúde, a diarreia é uma das principais causas de doença nas pessoas que viajam para destinos internacionais, atingindo 20 a 50%. Em indivíduos suscetíveis pode ser grave.
Prevenir a diarreia significa nem sempre comer “quando, onde e o que se quer”. É aconselhável:
- Beber somente água engarrafada;
- Comer alimentos lavados;
- Lavar frequentemente as mãos;
- Comer em restaurantes e não comprar comida ou bebidas vendidas na rua;
- Evitar saladas contendo legumes e frutas crus, bem como molho mantido sobre a mesa em potes abertos;
- Descascar a própria fruta;
- Ingerir somente bebidas gaseificadas engarrafadas ou bebidas preparadas com água fervida;
- Os cubos de gelo devem ser feitos com água previamente fervida.
Depois da viagem: cuidados a ter
Depois de terminar a sua viagem, não se pode esquecer de concluir a toma da medicação profilática até ao prazo estabelecido pelo médico. Se notar alguma alteração e sentir algum mal-estar após o regresso deverá consultar o médico infeciologista para diagnosticar através de observação clínica, análises e, eventualmente, exames médicos se contraiu alguma doença. Deve agir com a maior rapidez para evitar danos irreversíveis.
Conteúdo revisto
pelo Conselho Científico da AdvanceCare.
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