A gonorreia é uma doença sexualmente transmissível, também designada por blenorragia.
É provocada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae, que se aloja nas membranas mucosas, especialmente na uretra. É um problema comum que atinge tanto homens como mulheres.
Embora afete, por norma, o aparelho genital, pode manifestar-se noutras zonas do corpo como: olhos, articulações, garganta ou ânus.
A gonorreia pode ser transmitida ao bebé durante o parto, caso a mãe esteja infetada, manifestando-se nos olhos (conjuntivite gonocócica).
Causas da Gonorreia
A bactéria na origem da gonorreia é transmitida por via sexual, nomeadamente através de contacto vaginal, anal ou oral. Existem alguns fatores de risco associados a esta patologia:
- Idade (é mais comum em pessoas entre os 15 e os 30 anos).
- Múltiplos parceiros sexuais.
- Relações sexuais sem preservativo.
- Diagnóstico prévio de gonorreia ou de outra DST (Doenças Sexualmente Transmissíveis).
Sintomas da Gonorreia
A gonorreia é uma doença comum, e cujos sintomas aparecem até cinco dias após a infeção, por vezes apenas um mês depois ou nem chegam a manifestar-se (casos assintomáticos, mais frequentes no sexo feminino).
No sexo masculino os principais sintomas são:
- Dor/sensação de ardor ao urinar.
- Aumento da frequência urinária.
- Dor ou edema num testículo.
- Corrimento do pénis (secreção com pus).
- Vermelhidão e ardor na uretra.
No sexo feminino os principais sintomas são:
- Corrimento vaginal mais intenso.
- Dor/sensação de ardor ao urinar.
- Aumento da frequência urinária.
- Hemorragia vaginal entre menstruações ou após penetração.
- Dor abdominal, dor pélvica ou dor durante o ato sexual.
Caso a gonorreia afete outras zonas do corpo, apresenta os seguintes sinais:
- Sensibilidade à luz, dor e hipersecreção nos olhos.
- Prurido, hemorragia ou corrimento anal.
- Dor de garganta e edema nos gânglios linfáticos.
- Dor, edema e vermelhidão nas articulações.
Tratamento da Gonorreia
A doença pode ser diagnosticada mediante observação médica e realização de análises a amostras de corrimento, se necessário. O tratamento consiste na administração de antibióticos e pode englobar os dois parceiros sexuais para minimizar o risco de nova infeção. A recuperação é rápida.
A ausência de tratamento pode originar problemas de saúde como a infertilidade (masculina/feminina), gravidez ectópica, risco acrescido de infeção por vírus de imunodeficiência humana e de transmissão da patologia para o bebé durante o parto. Em termos preventivos, a medida mais eficaz para evitar a gonorreia é o uso do preservativo na relação sexual.
Artigo revisto e validado pelo especialista em Medicina Geral e Familiar José Ramos Osório.
Conteúdo revisto
pelo Conselho Científico da AdvanceCare.
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