Trata-se de uma desordem do sistema endócrino que se caracteriza por uma produção hormonal irregular. É uma doença complexa em que os ovários são incapazes de garantir a normal produção de progesterona e estrogénio e produzem níveis excessivos de hormonas andrógenas ou testosterona.
Os ovários da mulher com Síndrome do ovário poliquístico (SOP) são maiores que o normal e têm muitos quistos ou folículos que raramente crescem ou produzem óvulos capazes de serem fertilizados.
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Esta síndrome pode afetar uma em cada dez mulheres em idade fértil.
Causas de Síndrome de ovário poliquístico
A causa exata da síndrome dos ovários poliquísticos é desconhecida. Sabe-se apenas que pode ter uma origem genética, uma vez que a comunidade científica que investiga a doença tem observado uma maior prevalência de SOP em mulheres cujas mães ou irmãs sofrem deste problema. O diagnóstico precoce associado à perda de peso pode reduzir o risco de complicações a longo prazo, tais como a diabetes do tipo 2, as doenças cardíacas e o cancro do endométrio.
Sintomas de Síndrome de ovário poliquístico
Em adolescentes, a menstruação irregular ou ausente pode levantar as suspeitas da existência desta condição. A partir da menarca, deve prestar atenção aos seguintes sinais:
- Períodos menstruais irregulares, excessivamente curtos ou prolongados e com fluxos instáveis.
- Amenorreia ou ausência de períodos.
- Excesso de pelo no rosto e tórax (hirsutismo).
- Acne.
- Obesidade e dificuldade em perder peso.
Tratamento de Síndrome de ovário poliquístico (SOP)
A existência de alguns sintomas e sinais evidentes, níveis elevados da hormona luteinizante (reguladora da secreção da progesterona na mulher e que controla o crescimento dos folículos) e hormonas masculinas no sangue, e com recurso a ecografia para observar o ovário, podem confirmar a síndrome.
– A terapêutica hormonal com pílula anticoncecional é o método mais utilizado no seu tratamento, mesmo em adolescentes e mulheres que não sejam sexualmente ativas.
– O objetivo terapêutico é regular os ciclos menstruais, diminuir os níveis de testosterona responsáveis pelo acne e pelo hirsutismo, reduzir o risco da diabetes, bem como de cancro do endométrio, cuja prevalência é superior em mulheres que não ovulam regularmente, ou ajudar a superar problemas de infertilidade.
Artigo revisto e validado pela especialista em Medicina Geral e Familiar, Maria Isabel Braizinha.
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Conteúdo revisto
pelo Conselho Científico da AdvanceCare.
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