A doença de Alzheimer é uma patologia neurodegenerativa irreversível que afeta o cérebro, deteriorando as ligações entre as células e provocando alterações nas funções cognitivas como a memória, capacidade de raciocínio e até o comportamento. É o tipo mais comum de demência e manifesta-se, regra geral, a partir dos 65 anos. Alguns casos raros podem surgir cerca dos 40 anos e estão relacionados com uma alteração genética hereditária.
Atualmente não existe tratamento que permita travar a evolução da doença. A abordagem médica visa sobretudo ajudar a manter as funções cognitivas, sociais e atenuar os sintomas.
Causas de Alzheimer
A origem exata desta patologia ainda é desconhecida. A idade e história familiar podem ser fatores de risco, mas existem outros, de ordem ambiental, metabólica e imunitária que estão a ser investigados. Alguns genes podem aumentar o risco, mas à exceção da mutação genética associada à doença de Alzheimer familiar, não existem dados concretos. Sabe-se que as alterações ao nível do cérebro – redução do tamanho e número de células cerebrais e danos nas suas ligações – começam a surgir anos antes dos primeiros sintomas. Estima-se ainda que o estilo de vida possa interferir na saúde cognitiva, como a prática de exercício (benéfica) ou a obesidade e doenças cardiovasculares (nocivas).
Sintomas de Alzheimer
Lapsos de memória frequentes, associados a eventos recentes, são os primeiros sinais desta doença que evolui progressivamente e em ritmos diferentes, consoante a pessoa e a área cerebral afetada. Em situações de stress ou cansaço os sintomas podem acentuar-se. Eis os principais sintomas associados à doença de Alzheimer:
- Discurso vago ou confuso.
- Incapacidade de reconhecer pessoas ou locais.
- Perda de interesse pelas atividades de que se gosta.
- Dificuldade em realizar tarefas de rotina.
- Dificuldade de compreensão de questões, indicações.
- Perda de competências sociais.
- Reações emocionais e comportamento imprevisível; agressividade.
Tratamento de Alzheimer
O diagnóstico da doença de Alzheimer é essencialmente feito através da história clínica e da entrevista médica. Os exames complementares imagiológicos (tomografia, ressonância magnética) e analíticos não auxiliam o diagnóstico, sendo essencialmente úteis para excluir outras causas da demência.
Atualmente não existe tratamento que permita travar a evolução da doença. A abordagem médica visa sobretudo ajudar a manter as funções cognitivas, sociais e atenuar os sintomas, através de fármacos para corrigir os desequilíbrios químicos ao nível do cérebro e gerir os problemas do foro comportamental, em conjunto com outras terapias comportamentais.
Artigo revisto e validado pela especialista em Medicina Geral e Familiar Isabel Braizinha.
Conteúdo revisto
pelo Conselho Científico da AdvanceCare.
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