10 Conselhos para estimular o seu cérebro!

Quotidiano
Última atualização: 30/07/2022
  • Tal como o corpo, o cérebro também necessita de ser estimulado de forma regular para permanecer em forma.
  • A ciência demonstrou recentemente que o processo de formação de novos neurónios em determinadas áreas do cérebro acontece de uma forma contínua durante toda a idade adulta, e mesmo até à velhice. Ou seja, o cérebro tem a capacidade de se regenerar.
  • Existem várias formas de “exercitar” o seu cérebro, tais como dormir bem, beber regularmente café, meditar, criar laços fortes ou jogar xadrez, entre outras.
Manter cérebro ativo

Se pensa que tem um stock limitado de neurónios que diminuirá com a idade, desengane-se. O cérebro tem uma capacidade fascinante de se reorganizar e só precisa que puxe por ele. Veja o que a ciência já descobriu e exercite a sua mente.

Sabia que tal como exercita o seu corpo, devia exercitar o seu cérebro? Até há poucos anos, acreditava-se que a neurogénese – o processo de formação de novos neurónios em determinadas áreas do cérebro - ocorria apenas durante o desenvolvimento infanto-juvenil, mas estudos feitos recentemente, concluíram que a neurogénese ocorre continuamente durante toda a idade adulta, e mesmo até à velhice.

Fique com 10 ideias opara estimular o seu cérebro. Afinal, de nada serve um corpo são se não tiver uma mente sã para o complementar. 

1. Surpreenda-se

Está provado que as situações novas estimulam os neurónios. Aprender a tocar um instrumento ou a falar outro idioma, por exemplo. E a idade não é desculpa. Ao longo da vida o cérebro pode mudar e para melhor, revela estudo divulgado pelo Journal of Cognitive Neuroscience

2. Um a dois cafés por dia

Os benefícios na prevenção da doença de AlzheimerParkinson ou até da depressão mostram como o café pode ser um aliado do cérebro. Mas tudo depende do tipo de consumidor que é. Investigadores italianos acompanharam um grupo de 1445 participantes entre 65 e 84 anos, durante mais de três anos e constataram que o efeito neuroprotetor da bebida está associado aos hábitos de consumo. Quem bebe café de uma forma regular e moderada – um a dois por dia – ao longo da vida tem menor risco do que quem aumenta o consumo ou quem o bebe raramente ou nunca. 

3. Dormir aguça a memória

Uma equipa de investigadores britânicos e espanhóis demonstrou que dormir bem não só ajuda a preservar a memória como facilita o acesso às recordações, permitindo até lembrarmo-nos de factos que julgávamos ter esquecido quando estávamos acordados. Segundo os investigadores, ao acordar duplicam as possibilidades de recordar informação, um fenómeno que acreditam dever-se à ação do hipocampo. 

4. Mais exercício físico, mais neurónios

Embora o cérebro corresponda a apenas cerca de três por cento do peso corporal, utiliza 15 por cento do volume sanguíneo e 20 por cento do oxigénio. A atividade física aumenta o aporte de oxigénio a nível celular, favorecendo a oxigenação do cérebro, e está associada à libertação de uma proteína que promove a produção de neurónios. 

5. Reduzir o stress

Um estudo, divulgado na publicação Molecular Psychiatry, revela que a exposição a stress crónico pode interferir nas funções cerebrais e aumentar o risco de ansiedade, dificuldade de aprendizagem ou perturbações do humor. Por isso, reserve, todos os dias, cinco a dez minutos para relaxar. 

6. Meditar, meditar

Investigadores descobriram recentemente uma ligação entre a meditação e a massa cinzenta, cujo volume tende a diminuir a partir da idade adulta. A equipa da University of California (UCLA) comparou dois grupos e concluiu que quem meditava há vários anos tinha menos zonas afetadas pelo envelhecimento, bem como uma perda de massa cinzenta inferior à do outro grupo. As conclusões reforçam outros benefícios já atribuídos à meditação, como o menor risco de doenças neurodegenerativas. 

7. Criar laços fortes

Participar ativamente na comunidade fortalece os laços sociais e mantém o corpo e a mente saudáveis. Estima-se que as relações sociais reduzam o risco de problemas cognitivos, bem como de depressão e stress. A nível familiar, os laços também influenciam a química cerebral. Cientistas de Yale constataram que a paternidade pode alterar a zona do córtex pré-frontal masculino, tornando os homens empáticos e capazes de desempenhar várias tarefas em simultâneo. Estas alterações verificam-se, em especial, nos recém-pais que participam desde cedo nos cuidados do bebé. 

8. Acelerar o passo

Investigadores do Centro de Alzheimer da Universidade do Kansas (EUA) descobriram que a prática física regular melhora os níveis de atenção, a capacidade de concentração e a memória visual-espacial. Ao analisarem pessoas com mais de 65 anos, comparando quem praticava 75, 150 (recomendação geral) e 225 minutos semanais de atividade física, concluíram que o exercício traz sempre benefícios. Mais importante do que contar os minutos é a intensidade a que pratica. Para garantir benefícios cardiovasculares o esforço deverá ser no mínimo moderado, por exemplo, caminhar a um passo rápido. 

9. Quebra-cabeças

Xadrez ou palavras–cruzadas não são os aliados exclusivos de um cérebro em forma. São apenas exemplos, dizem os especialistas, frisando que o segredo está no desafio, ou seja, confrontar os neurónios com situações novas e intelectualmente exigentes. Diversificar o tipo de atividade é também importante, para estimular áreas cerebrais distintas como a memória, o raciocínio, a concentração ou a perceção visual. Importa ainda não esquecer o prazer, pois só isso garante uma experiência enriquecedora e duradoura. 

10. Tecnologia q.b.

A internet pode afetar o cérebro? Pelo menos parece mudar a forma como o usa. O estudo “Google Effects on Memory: Cognitive Consequences of Having Information at our Fingertips”, divulgado na revista Science, concluiu que as pessoas tendem a recordar melhor informação à qual julgam não ter acesso posteriormente do que dados disponíveis online. Demonstram ainda mais facilidade em recordar onde guardam a informação do que o seu teor. Embora nem todos os especialistas apontem defeitos ao uso da internet, contar demasiado com a “memória externa” pode aumentar a dependência das tecnologias e, sobretudo, desperdiçar o potencial do cérebro. 

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