10 Conselhos para estimular o seu cérebro!
- Tal como o corpo, o cérebro também necessita de ser estimulado de forma regular para permanecer em forma.
- A ciência demonstrou recentemente que o processo de formação de novos neurónios em determinadas áreas do cérebro acontece de uma forma contínua durante toda a idade adulta, e mesmo até à velhice. Ou seja, o cérebro tem a capacidade de se regenerar.
- Existem várias formas de “exercitar” o seu cérebro, tais como dormir bem, beber regularmente café, meditar, criar laços fortes ou jogar xadrez, entre outras.
Se pensa que tem um stock limitado de neurónios que diminuirá com a idade, desengane-se. O cérebro tem uma capacidade fascinante de se reorganizar e só precisa que puxe por ele. Veja o que a ciência já descobriu e exercite a sua mente.
Sabia que tal como exercita o seu corpo, devia exercitar o seu cérebro? Até há poucos anos, acreditava-se que a neurogénese – o processo de formação de novos neurónios em determinadas áreas do cérebro - ocorria apenas durante o desenvolvimento infanto-juvenil, mas estudos feitos recentemente, concluíram que a neurogénese ocorre continuamente durante toda a idade adulta, e mesmo até à velhice.
Fique com 10 ideias opara estimular o seu cérebro. Afinal, de nada serve um corpo são se não tiver uma mente sã para o complementar.
1. Surpreenda-se
Está provado que as situações novas estimulam os neurónios. Aprender a tocar um instrumento ou a falar outro idioma,
por exemplo. E a idade não é desculpa. Ao longo da vida o cérebro pode mudar e para melhor, revela estudo divulgado
pelo Journal
of Cognitive Neuroscience.
2. Um a dois cafés por dia
Os benefícios na prevenção da doença de Alzheimer, Parkinson ou até da depressão mostram como o café pode ser um aliado
do cérebro. Mas tudo depende do tipo de consumidor que é. Investigadores italianos acompanharam um grupo de 1445
participantes entre 65 e 84 anos, durante mais de três anos e constataram que o efeito neuroprotetor da bebida está
associado aos hábitos de consumo. Quem bebe café de uma forma regular e moderada – um a dois por dia – ao longo da
vida tem menor risco do que quem aumenta o consumo ou quem o bebe raramente ou nunca.
3. Dormir aguça a memória
Uma equipa de investigadores britânicos e espanhóis demonstrou que dormir bem não só ajuda a
preservar a memória como facilita o acesso às recordações, permitindo até lembrarmo-nos de factos que julgávamos ter
esquecido quando estávamos acordados. Segundo os investigadores, ao acordar duplicam as possibilidades de recordar
informação, um fenómeno que acreditam dever-se à ação do hipocampo.
4. Mais exercício físico, mais neurónios
Embora o cérebro corresponda a apenas cerca de três por cento do peso corporal, utiliza 15 por cento do volume
sanguíneo e 20 por cento do oxigénio. A atividade
física aumenta o aporte de oxigénio a nível celular, favorecendo a oxigenação do cérebro, e está associada à
libertação de uma proteína que promove a produção de neurónios.
5. Reduzir o stress
Um estudo, divulgado na publicação Molecular Psychiatry, revela que a
exposição a stress crónico pode interferir nas funções cerebrais e aumentar o risco de ansiedade, dificuldade de aprendizagem ou perturbações do
humor. Por isso, reserve, todos os dias, cinco a dez minutos para relaxar.
6. Meditar, meditar
Investigadores descobriram recentemente uma ligação entre a meditação e a massa cinzenta, cujo volume tende a
diminuir a partir da idade adulta. A equipa da University of California (UCLA)
comparou dois grupos e concluiu que quem meditava há vários anos tinha menos zonas afetadas pelo envelhecimento, bem
como uma perda de massa cinzenta inferior à do outro grupo. As conclusões reforçam outros benefícios já atribuídos à
meditação, como o menor risco de doenças neurodegenerativas.
7. Criar laços fortes
Participar ativamente na comunidade fortalece os laços sociais e mantém o corpo e a mente saudáveis. Estima-se que as relações sociais reduzam o risco de problemas cognitivos, bem como de depressão e stress. A nível familiar, os laços também influenciam a química cerebral. Cientistas de Yale constataram que a paternidade pode alterar a zona do córtex pré-frontal masculino, tornando os homens empáticos e capazes de desempenhar várias tarefas em simultâneo. Estas alterações verificam-se, em especial, nos recém-pais que participam desde cedo nos cuidados do bebé.
8. Acelerar o passo
Investigadores do Centro de Alzheimer da Universidade do Kansas (EUA)
descobriram que a prática física regular melhora os níveis de atenção, a capacidade de concentração e a memória
visual-espacial. Ao analisarem pessoas com mais de 65 anos, comparando quem praticava 75, 150 (recomendação geral) e
225 minutos semanais de atividade física, concluíram que o exercício traz sempre benefícios. Mais importante do que
contar os minutos é a intensidade a que pratica. Para garantir benefícios cardiovasculares o esforço deverá ser no
mínimo moderado, por exemplo, caminhar a um passo rápido.
9. Quebra-cabeças
Xadrez ou palavras–cruzadas não são os aliados exclusivos de um cérebro em
forma. São apenas exemplos, dizem os especialistas, frisando que o segredo está no desafio, ou seja,
confrontar os neurónios com situações novas e intelectualmente exigentes. Diversificar o tipo de atividade é também
importante, para estimular áreas cerebrais distintas como a memória, o raciocínio, a concentração ou a perceção
visual. Importa ainda não esquecer o prazer, pois só isso garante uma experiência enriquecedora e duradoura.
10. Tecnologia q.b.
A internet pode afetar o cérebro? Pelo menos parece mudar a forma como o usa. O estudo “Google Effects on Memory: Cognitive Consequences of Having Information at our Fingertips”, divulgado na revista Science, concluiu que as pessoas tendem a recordar melhor informação à qual julgam não ter acesso posteriormente do que dados disponíveis online. Demonstram ainda mais facilidade em recordar onde guardam a informação do que o seu teor. Embora nem todos os especialistas apontem defeitos ao uso da internet, contar demasiado com a “memória externa” pode aumentar a dependência das tecnologias e, sobretudo, desperdiçar o potencial do cérebro.
Conteúdo revisto
pelo Conselho Científico da AdvanceCare.
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