É uma infeção aguda das vias respiratórias, que ocorre com mais frequência durante os primeiros 36 meses de vida, e normalmente em período sazonal, sobretudo no fim do outono e no inverno. Os vírus provocam uma inflamação ao nível dos bronquíolos, canais que são extremamente estreitos nesta idade, e que distribuem o ar no interior dos pulmões, podendo causar, entre outros sintomas, dificuldade respiratória.

Inflamação dos bronquíolos (a azul).

A doença transmite-se pelo contacto com o vírus através das secreções (tosse e espirros) e pelas mãos ou utensílios contaminados.

Causas da Bronquiolite

Estima-se que entre 60 a 90 por cento dos casos de bronquiolite sejam provocados pelo vírus sincicial respiratório (VSR), mas outros vírus sazonais podem estar implicados, como o influenza e o parainfluenza (5 a 20 por cento dos casos), bem como o rhinovírus, adenovírus e metapneumovírus (MVP) – entre 20 a 60 por cento das situações de doença – e, mais raros, o enterovírus e bocavírus humano.

Fatores de Risco

A doença transmite-se pelo contacto com o vírus através das secreções (tosse e espirros) e pelas mãos ou utensílios contaminados. Existem fatores de risco referenciados:

  • Contacto de crianças pequenas com irmãos mais velhos que frequentam escolas onde possam estar crianças infetadas.
  • A alimentação com leite materno por período inferior a um ou dois meses pode tornar a criança mais vulnerável.
  • A exposição a ambientes tóxicos, como fumo de tabaco, poluição, etc.
  • Pertencer a grupos de risco (idade inferior a três meses, prematuridade, doença pulmonar ou cardíaca e imunodeficiência).
  • Sexo masculino.
  • Baixo nível socioeconómico.

Sintomas da Bronquiolite

Nos primeiros dois ou três dias, verifica-se:

  • Mal-estar geral das vias aéreas superiores, com rinorreia, obstrução nasal.
  • Tosse
  • Febre superior a 38º.

Outros sintomas associados a esta patologia:

  • Sibilância (pieira).
  • Irritabilidade.
  • Vómitos e perda total de apetite.
  • Em bebés com menos de seis meses, pode surgir cianose e períodos de apneia.
  • Numa fase aguda, pode surgir: dificuldade respiratória, taquipneia, tiragem (retração e afundamento dos espaços supraesternal, supraclavicular, intercostal e epigástrico que ocorre durante toda a inspiração) e adejo nasal (movimentos das asas do nariz).
  • A hipoxemia (redução de oxigénio) é uma complicação grave que obriga a internamento hospitalar.
  • Hipersecreção ocular.

Tratamento da Bronquiolite

A melhor forma de evitar a doença é a prevenção, que passa por gestos simples como lavar as mãos com água e sabão. É aconselhável adotar outros procedimentos:

  • Lavar frequentemente brinquedos, chupetas ou outros objetos que possam estar contaminados.
  • Evitar espaços públicos fechados e com grande concentração de pessoas.
  • Oferecer líquidos para hidratar.
  • Ajudar à desobstrução nasal com soro fisiológico ou soluções salinas.
  • Em crianças que pertençam a grupos de risco pode ser recomendado a profilaxia ou a vacina preventiva da infeção pelo vírus sincicial respiratório (VSR).
  • Deve consultar um médico após agravamento da dificuldade respiratória, recusa alimentar, prostração, febre ou outros sintomas relevantes.

Embora sejam utilizados broncodilatadores e corticoides no tratamento, a sua eficácia científica ainda não está comprovada.

Artigo revisto e validado pelo especialista em Medicina Geral e Familiar José Ramos Osório.

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