Infeção viral extremamente contagiosa que se caracteriza pelo aparecimento de erupções cutâneas. Transmite-se facilmente através do ar e, uma vez infetada, a pessoa fica imunizada para o resto da vida.
Esta doença tem consequências particularmente graves para as mulheres grávidas. Contrair o vírus durante a gestação, sobretudo nas primeiras 16 semanas, pode colocar em perigo a vida do feto. Para além do risco de aborto e de morte do bebé no parto, pode provocar deficiências congénitas graves. Estes casos, em que o vírus passa a barreira protetora da placenta e afeta o bebé, designam-se por rubéola congénita.
Para evitar estas situações está indicada a toma da vacina da rubéola a todas as mulheres na idade adulta que não tenham recebido em criança, nem tenham contraído a infeção nessa fase. A vacina não é administrada durante a gravidez, pelo que deve ser tomada previamente (no mínimo três meses antes) por quem pretende engravidar.
Integrada no Plano Nacional de Vacinação, a vacina da rubéola tem contribuído para a diminuição da sua expressão em Portugal, passando de doença característica da infância a infeção eliminada na primeira década deste século.
Apesar de praticamente erradicada dos países europeus, noutros continentes é uma patologia frequente e de fácil contágio.
Causas de Rubéola
Doença infeciosa provocada por um vírus de RNA da família Togavírus. Transmite-se de forma rápida pelas gotículas de saliva dispersas no ar, libertadas por uma pessoa contaminada ao falar, tossir ou espirrar. O contacto com uma superfície contaminada pelas mãos (que depois tocam na boca ou olhos) também permite o contágio, uma vez que as partículas se mantêm ativas durante várias horas.
O período de contágio inicia-se uma semana antes do aparecimento da primeira erupção cutânea e pode prolongar-se por duas semanas após o seu desaparecimento. No caso de rubéola congénita a criança infetada pode manter-se contagiosa durante vários meses após o nascimento.
As crianças e pessoas com o sistema imunitário fragilizado estão mais vulneráveis a esta doença e sobretudo às suas manifestações clínicas mais graves, como a encefalite (fenómeno mais raro).
Sintomas da Rubéola
Numa fase inicial, antes da erupção cutânea, a patologia pode ser quase assintomática e afetar apenas os gânglios. A sintomatologia desta doença caracteriza-se por:
- Mal-estar geral.
- Tosse.
- Febre.
- Corrimento nasal.
- Gânglios inflamados (na zona do pescoço e nuca).
- Vermelhidão e erupções cutâneas (pescoço, tronco e membros).
- Olhos e garganta inflamados.
- Dores articulares.
- Otite média.
Tratamento da Rubéola
O diagnóstico da rubéola pode ser obtido através de análise ao sangue. É uma doença que se manifesta de forma ligeira no organismo, não requerendo tratamento específico além do alívio dos sintomas. Caso se verifique uma infeção do ouvido (otite) pode ser necessária a toma de antibióticos.
Esta patologia pode originar infeções nas vias respiratórias, mais raramente nos ouvidos, mas a sua expressão mais rara e mais grave é a encefalite que não tem tratamento e pode ser mortal.
A prevenção passa pela vacinação que é eficaz e está contemplada no Plano Nacional de Vacinação.
Artigo revisto e validado por Maria Isabel Braizinha, especialista em Medicina Geral e Familiar.
Conteúdo revisto
pelo Conselho Científico da AdvanceCare.
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