O sarampo é uma doença infeciosa aguda, viral, transmissível, extremamente contagiosa e muito comum na infância. É provocada pelo paramixovírus, grupo II dos mixovírus, um vírus que se transmite pelo contacto direto por via aérea, por gotículas das secreções nasais, sobretudo durante o período de incubação (7 a 14 dias), propagando-se facilmente sobretudo em espaços fechados.

O sarampo pode ter complicações graves em crianças subnutridas, recém-nascidos, grávidas e pessoas com imunodeficiência. A doença é uma das principais causas responsáveis pela mortalidade infantil em países do Terceiro Mundo.

Sarampo Corpo de uma criança com sarampo. A doença é causada pelo paramixovírus, grupo II dos mixovírus, e é transmitida através de tosse e espirros.

O sarampo confere imunidade, havendo vacina disponível.

Causas do Sarampo

A pessoa contrai sarampo por contacto com o vírus, que se encontra presente no ar e nas gotículas que proveem das pessoas infetadas.

Sintomas do Sarampo

Os sintomas do sarampo começam aproximadamente entre o 7.º e o 14.º dia após contraída a infeção:

  • Febre.
  • Tosse persistente.
  • Irritação ocular.
  • Corrimento do nariz.

2º e o 4º dia após o início dos sintomas:

  • Pequenas manchas brancas, rodeadas por uma auréola vermelha (manchas de Koplik) na face anterior das bochechas.

3º e o 5º dia após o início dos sintomas:

  • Aparece uma erupção cutânea generalizada, que tem início na face, constituída por pequenas pápulas vermelhas, ligeiramente salientes, que se espalham por todo o corpo e pelos membros.
  • Na fase de expressão máxima da doença, a erupção cutânea é extensa e a febre pode ultrapassar os 40º. Ao fim de 3-5 dias, a temperatura diminui e as erupções começam a desaparecer.

Tratamento do Sarampo

O diagnóstico do sarampo é feito com base nos sintomas clássicos da doença. Nas crianças saudáveis e bem nutridas, o sarampo raramente é grave. Para além de manter a criança confortável, pode administrar-se paracetamol ou ibuprofeno. Se aparecer uma infeção bacteriana secundária, prescreve-se um antibiótico.

Há casos em que o quadro se complica para uma infeção bacteriana como uma pneumonia (sobretudo nos bebés) ou com uma infeção no ouvido médio. Estas complicações infeciosas ocorrem com bastante frequência e as pessoas com sarampo são especialmente propensas às infeções por bactérias estreptococos. O número de plaquetas no sangue pode chegar a ser tão baixo que facilmente aparecem equimoses, hematomas e hemorragias, mas isto é algo pouco frequente.

A infeção cerebral (encefalite) é uma complicação rara, afetando 1 em cada 1000 ou 2000 casos. Quando acontece, costuma começar com febre alta, convulsões e coma, normalmente entre 2 dias e 3 semanas depois da erupção ter aparecido. A doença pode ser breve, com um restabelecimento ao fim de aproximadamente uma semana, ou pode provocar grave dano cerebral e até morte.

Em casos raros pode ocorrer panencefalite esclerosante subaguda (uma grave complicação do sarampo).

Prevenção do Sarampo

A suscetibilidade ao vírus do sarampo é generalizada e a única forma de prevenção é a vacinação. Apenas os lactentes cujas mães já tiveram sarampo ou foram vacinadas possuem, temporariamente, anticorpos transmitidos pela placenta, que conferem imunidade geralmente ao longo do primeiro ano de vida (o que pode interferir na resposta à vacinação).

Artigo revisto e validado por José Ramos Osório, especialista em Medicina Geral e Familiar.

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