A próstata é uma glândula do sistema reprodutor masculino que tem como responsabilidade a produção de parte do fluido seminal e está localizada abaixo da bexiga, perto da base do pénis.
No final da puberdade, a próstata tem o tamanho de uma noz, podendo vir a aumentar, normalmente em homens acima dos 40 anos. Ao aumento significativo sem que células malignas estejam presentes chama-se hiperplasia benigna da próstata.
Caso o cancro se confirme, é necessário determinar o estadiamento da doença, de forma a saber se as células cancerígenas se espalharam.
Constituição da Próstata
Coberta pela cápsula prostática, a próstata contém entre 30 e 50 sacos onde se produz e armazena o fluido prostático. Os sacos constituem o tecido glandular da próstata. Fora dos sacos encontra-se o tecido não–glandular, com vasos sanguíneos, vasos linfáticos, fibras elásticas e músculo. A próstata é uma glândula capsulada e constituída por quatro zonas:
Zona periférica – junto ao reto. A maioria dos cancros da próstata ocorre nas células epiteliais do tecido glandular (adenocarcinoma) na zona periférica da próstata.
Zona de transição – junto à uretra. É o segundo local de maior incidência de cancro.
Zona central – ladeia a zona de transição.
Zona anterior – parte frontal.
Há ainda tumores raros da próstata que ocorrem nas células neuroendócrinas (tumor de pequenas células).
Causas de Cancro da Próstata
O tumor da próstata advém do crescimento e divisão anormal das células da próstata, que podem invadir os tecidos circundantes. Alguns cancros da próstata (menos de 10%) detêm algum componente hereditário, sendo que os tumores que aparecem em idade precoce indiciam uma forte possibilidade desta componente estar presente.
Sintomas de Cancro da Próstata
- Presença de sangue na urina ou no sémen.
- Necessidade frequente de urinar, principalmente à noite.
- Incapacidade de urinar, ou dificuldade em iniciar ou parar o fluxo de urina.
- Fluxo de urina fraco ou intermitente.
- Dor ou ardor durante a micção.
- Dificuldade em ter uma ereção.
- Dor persistente na zona inferior das costas, nas ancas ou na zona superior das coxas.
Diagnóstico e Tratamento de Cancro da Próstata
Os exames mais comuns para deteção cancro na próstata são:
- Toque retal– avalia se a próstata apresenta o tamanho e a textura normal, ou se provoca dor.
- Análise ao antigénio específico do cancro da próstata (PSA)– obtida através de colheita sanguínea. A análise ao PSA permite avaliar se o nível, a densidade e a velocidade do PSA se encontram dentro dos parâmetros normais.
- Ecografia Prostática– exame de ultrassom, que permite visualização da glândula.
- Biópsia– a suspeita de cancro da próstata obriga à realização de uma biópsia pelo método transretal (é inserida uma sonda no reto, pela qual é introduzida uma agulha para chegar à próstata). Esta é a única forma de confirmar o diagnóstico.
Caso o cancro se confirme, é necessário determinar o estadiamento da doença, de forma a saber se as células cancerígenas se espalharam para as áreas próximas ou mais distantes. Esta informação é imperativa para determinar o tipo de tratamento adequado.
A escala de tumores malignos do cancro da próstata varia de 1 a 4:
Estadio I – O tumor não é palpável nem observável nos testes de imagem. O tumor é encontrado de forma ocasional.
Estadio II – O tumor é palpável durante o toque retal e visível nos testes de imagem. Este tipo de tumor não cresce para fora da glândula prostática.
No estadio I e II, as opções de tratamento podem incluir:
- Cirurgia
- Radioterapia
Estadio III – O cancro cresceu, invadindo a cápsula prostática e atingido os tecidos circundantes junto à próstata, vesículas seminais ou ambos, mas não atingiu outros órgãos.
As opções de tratamento podem incluir:
- Cirurgia – Faz-se remoção total da próstata e dos gânglios linfáticos locais – prostatectomia radical.
- Hormonoterapia – administração de antiandrogénos.
Estadio IV – O tumor espalhou-se para os tecidos próximos, para além das vesículas seminais, havendo fixação nos órgãos anexos.
As opções de tratamento podem incluir hormonoterapia e quimioterapia.
Artigo revisto e validado pelo especialista em Medicina Geral e Familiar José Ramos Osório.
Conteúdo revisto
pelo Conselho Científico da AdvanceCare.
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