A depressão é uma perturbação do humor que se caracteriza pela experiência prolongada de um forte sentimento de tristeza – que pode ocorrer depois de uma perda recente ou de outro facto que provoque uma rutura na vida do indivíduo. Aquilo que determina a depressão não é o sentimento de tristeza em si, mas sim a forma desproporcionada (em termos de tempo e magnitude) com que o sentimento persiste.

depressão Em cima: cérebro de um paciente com depressão em que as regiões a amarelo e vermelho retratam a baixa atividade cerebral. Em baixo: cérebro de pessoa sem depressão.

Os tipos de tratamento são diversificados e adaptados à situação clínica do doente.

Causas de Depressão

Sentimentos de tristeza e de infelicidade fazem parte da experiência quotidiana de qualquer indivíduo e constituem reações normais a situações como perdas, separações, conflitos, etc. Num quadro de luto, a tristeza e a ansiedade encontram-se presentes, mas tendem a desaparecer espontaneamente, com o decurso do tempo.

A diferença entre uma reação de luto e a depressão reside sobretudo na duração do quadro emocional e na intensidade dos sintomas. Quando os sintomas se prolongam no tempo, quando são desproporcionais à situação ou ao evento que os desencadeou, quando não existe um motivo concreto para o sofrimento ou quando o sofrimento compromete as rotinas diárias e as relações interpessoais, podemos estar perante um quadro de depressão.

Sintomas de Depressão

  • Tristeza.
  • Desinteresse.
  • Sentimento de culpa.
  • Desesperança e perda de sentido da vida.
  • Perda de energia.
  • Baixa autoestima.
  • Sentimentos de culpa.
  • Alterações de apetite e de sono.
  • Perturbações de memória e concentração.
  • Dores de cabeça.
  • Dificuldades em tomar decisões.
  • Eventualmente, ideias suicidas.

Para a realização do diagnóstico de uma depressão, é necessário que alguns dos sintomas estejam presentes durante a maior parte do dia e por um período de, pelo menos, duas semanas. Há, contudo, que ter em conta que existem depressões que não se revelam através de tristeza mas sim através de irritabilidade, alterações de comportamento e aparecimento de sintomas físicos.

Tipos de Depressão (categorização)

Depressão Reativa: Desencadeada por acontecimentos externos, tais como perdas, doenças físicas potencialmente incapacitantes ou uso de drogas.

Depressão Menor ou Distimia: É uma depressão crónica, caracterizada por um estado de tristeza prolongado (pelo menos dois anos), podendo ser confundida com o comportamento normal da pessoa.

Depressão Major ou Unipolar: Caracteriza-se por ser um quadro depressivo sem aparente relação causal com um fator externo, que tem origem em fatores orgânicos ou psiquiátricos. Os episódios depressivos ocorrem ao longo da vida do paciente, por períodos variáveis e têm origem num défice funcional dos neurotransmissores cerebrais (dopamina, noradrenalina e serotonina) ou a uma alteração transitória dos mesmos. Os sintomas são severos e intensos havendo, nestes casos, um alto risco de suicídio.

Bipolar: Desordem primária, endógena, que se caracteriza pela oscilação de humor do paciente, que alterna entre episódios depressivos (com forte sentimento de tristeza e desesperança) e episódios de mania (o paciente sente-se enérgico, eufórico e grandioso).

Depressão Sazonal: Encontra-se relacionada com os níveis de exposição solar, ocorrendo sobretudo nos meses de outono e inverno.

Depressão com sintomas psicóticos: É uma forma rara e grave de depressão, em que existem delírios e alucinações.

Depressão Pós-Parto: Pode ocorrer entre as 2 semanas e os 12 meses após o parto. As alterações hormonais e as transformações da vida associadas à maternidade funcionam como causas potenciadoras de depressão nas mães recentes.

Tratamento da Depressão

Os tipos de tratamento são diversificados e adaptados à situação clínica do doente. A psicoterapia (com destaque para a terapia cognitivo-comportamental) constitui uma ferramenta importante no tratamento da depressão, uma vez que permite uma melhor adequação do indivíduo ao meio que o circunda. A terapêutica com antidepressivos revela-se necessária em muitos casos de depressão. Este grupo de fármacos caracteriza-se por atuar no cérebro, modificando e corrigindo a transmissão neuro-química em áreas do Sistema Nervoso que regulam o estado de humor.

Artigo revisto e validado pela especialista em Medicina Geral e Familiar Isabel Braizinha.

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