O tétano é uma doença infeciosa grave, não contagiosa, provocada pela bactéria Clostridium tetani, que pode sobreviver no solo, nos dejetos animais ou sobre outras superfícies com pó e sujidade, durante anos. Este agente infecioso entra no organismo por meio de feridas abertas ou outra lesão e, se não for combatido a tempo, fixa-se e provoca sérios danos nos neurónios motores (nervos que controlam os músculos), podendo ser fatal.
A vacina antitetânica na infância e, posteriormente, em intervalos definidos nos adultos é a melhor forma de prevenção contra o tétano e está abrangida pelo Plano Nacional de Vacinação (PNV).
Causas de Tétano
Ao entrar em contacto com a pele, mucosas ou músculos, a bactéria Clostridium tetani dissemina-se pela corrente sanguínea e produz a tetanospamina, altamente tóxica, que pode comprometer os músculos e o sistema nervoso. Esta neurotoxina bloqueia os sinais neurológicos da coluna vertebral para os músculos, causando espasmos musculares intensos. A força dos espasmos pode levar a que os músculos se rompam ou ocorram fraturas na coluna.
Sintomas de Tétano
O período de incubação da bactéria é de cinco a 15 dias. Ao final de uma semana, o doente já pode ter algumas manifestações graves da patologia, que se intensificam com a evolução da doença. Podem ocorrer os seguintes sintomas:
- Espasmos e rigidez nos músculos da mandíbula.
- Rigidez dos músculos do pescoço.
- Dificuldade em engolir.
- Rigidez dos músculos abdominais.
- Espasmos dolorosos com duração de vários minutos.
- Febre.
- Suores.
- Irritabilidade.
- Pressão arterial elevada.
- Aumento da frequência cardíaca.
Tratamento do Tétano
Os casos de infeção registados têm acontecido maioritariamente em pessoas não vacinadas ou em que houve uma administração incorreta do período da toma da vacina. De qualquer forma, no caso de infeção, o tratamento é realizado por antibióticos, sedativos ou relaxantes musculares. Os estados de infeção mais evoluídos exigem cuidados intensivos e vigilância médica apertada. A cirurgia para limpar e remover a origem da infeção pode ser necessária.
Artigo revisto e validado pela especialista em Medicina Geral e Familiar, Maria Isabel Braizinha.
Conteúdo revisto
pelo Conselho Científico da AdvanceCare.
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