Cancro da pele: quem é mais afetado?

Cancro
Última atualização: 29/11/2022
guarda sol

Sabia que o cancro da pele é mais comum em homens do que em mulheres? Aprenda a distinguir as várias neoplasias cutâneas e as diferenças entre sexo na manifestação da doença

Todos os anos são diagnosticados 12 mil novos casos de carcinomas da pele, em Portugal, mil dos quais são melanomas, a forma mais grave de tumor da derme. Segundo os dados da Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo (APCC), há uma tendência para estes números aumentarem, apesar das campanhas de prevenção e do maior esclarecimento da população sobre os riscos a evitar. E, quando o assunto é o cancro da pele, o mais comum de todas as formas de tumor, existem algumas diferenças importantes entre homens e mulheres a que deverá ter atenção.

Como surge o cancro da pele

As células da pele nascem, envelhecem e morrem para serem substituídas por células novas. Quando agentes agressores interrompem o processo normal de regeneração celular, as células velhas não morrem ou surgem outras desnecessárias que se transformam em tecidos com neoplasia ou tumor. Quando benignas, estas manifestações não põem em risco a vida do doente, mas é aconselhável remover os tecidos afetados para evitar eventuais riscos. Já as neoplasias malignas são células cancerígenas que, quando não tratadas ou removidas a tempo, podem invadir e destruir os tecidos ou as células envolventes, tornando-se potencialmente fatais. 

Cancros da pele mais comuns nos homens

Uma percentagem de 90% dos diagnósticos de cancro da pele são carcinomas não melanomas, com uma taxa de prevalência de 65% para o carcinoma basocelular e de cerca de 25% para o carcinoma de células escamosas. Em consequência da maior exposição solar durante o trabalho ou prática desportiva, menor cuidado com a proteção da pele e menos visitas ao médico. Os homens com mais de 50 anos têm, segundo a Skin Cancer Foundation, 2 vezes mais probabilidades de sofrerem destas doenças do que as mulheres. Alguns casos da doença estão relacionados com feridas crónicas e cicatrizes na pele, baixa imunidade em situação de infeção ou doença crónica, exposição a agentes tóxicos e a químicos presentes no tabaco, como o alcatrão, mas 90% é consequência de radiação ultravioleta excessiva.

Cancros da pele mais prevalentes nas mulheres

Embora com uma taxa inferior, o carcinoma basocelular e o carcinoma de células escamosas também afetam um número significativo de mulheres. No entanto, o aumento dos casos de melanoma, em especial, entre as mulheres mais jovens, com idade inferior a 30 anos, está a preocupar a comunidade científica, refere a Skin Cancer Society. Apesar do risco de melanoma aumentar à medida que a idade avança, o melanoma é já um dos cancros mais comuns entre as mulheres jovens caucasianas, em consequência do número de horas passadas na praia na adolescência (os danos cutâneos infligidos pelo sol são cumulativos), mas também pela frequência dos solários – que têm efeitos nocivos na pele por também a submeterem a radiação UV. 

Homens e mulheres: zonas mais afetadas

Sem diferenças genéticas que aumentem a vulnerabilidade, anatomicamente, os homens têm algumas características que os torna mais expostos. Possuem menos cabelo para cobrir as orelhas e o couro cabeludo, duas áreas onde se desenvolve cancro da pele com mais frequência do que nas mulheres; têm tendência a praticar desporto em tronco nu na praia, muitas vezes, sem aplicarem protetor solar. Não é por acaso que, nos homens, o melanoma se encontra, muitas vezes, no tronco ou na cabeça e pescoço. Já nas mulheres, o melanoma surge, muitas vezes, na zona inferior das pernas. 

Tratamentos disponíveis

O combate à doença irá depender do tipo de cancro, localização, profundidade das lesões, idade e estado de saúde do paciente. A intervenção cirúrgica para remover os tecidos cancerígenos é o tratamento mais recorrente neste tipo de patologia. No entanto, pode ser mais viável submeter o doente a quimioterapia tópica, terapia fotodinâmica ou radioterapia. Contudo, nestes tratamentos há o risco de ocorrer a destruição de células saudáveis, pois não conseguem diferenciar as células saudáveis das células cancerígenas. Desta forma, poderão existir alguns efeitos indesejados que serão variáveis em função da gravidade e extensão do tumor. O médico irá sugerir quais os cuidados e a medicação indicada para amenizar as suas consequências e, eventualmente, controlar a dor e outros sintomas, inclusive ajudar a manter a estabilidade emocional. 

Prevenção

Estar consciente dos riscos da exposição solar e evitar a radiação ultravioleta entre as 11 e as 17 horas, procurando as zonas de sombra ao ar livre, é o primeiro passo para evitar a doença. Não frequentar solários, aplicar diariamente protetor solar com fator de proteção solar elevado (idealmente, 50+ e nunca inferior a 30) em todas as zonas que vão estar expostas ao sol – inclusive na zonas mais vulneráveis em cada sexo – chapéu, óculos de sol e t-shirt (indispensável se praticar desporto ao ar livre) são também gestos que fazem toda a diferença no momento de prevenir a doença, em especial se tem a pele clara, cabelo ruivo ou louro, olhos azuis ou verdes e histórico familiar de cancro da pele.

Entre as inúmeras medidas preventivas a adotar, é imprescindível estar alerta e observar a pele com regularidade. Aprenda como aplicar a regra ABCD em relação aos seus sinais.

 A Skin Cancer Foundation recomenda que todos os adultos façam autoexames mensais da pele e consultem um dermatologista anualmente, ou mais frequentemente se tiverem fatores de risco ou se virem algo suspeito, como por exemplo, quaisquer sinais irregulares como pintas escuras, nódulos, inchaços, manchas, feridas que não cicatrizam ou sinais/manchas recentes ou que alteraram o tamanho, cor, textura e forma.

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