Remoção de sinais sem cirurgia
- O número de sinais que possuímos depende de fatores como a hereditariedade ou a exposição solar.
- É fundamental realizar periodicamente (três a quatro vezes por ano) um autoexame da pele de modo a identificar eventuais alterações nos sinais (regra ABCDE).
- Atualmente, a técnica não cirúrgica mais utilizada para a remoção de sinais é o laser, cujo risco de infeção é muito reduzido, promove um processo de cicatrização rápido e muito pouco percetível.
- Tão importante como saber suspeitar da presença de um sinal atípico é saber prevenir o seu surgimento.
Alguns sinais são perigosos, inestéticos e/ou estão em locais que incomodam. Agora é cada vez mais fácil retirá-los e sem cirurgia! O laser é a técnica mais utilizada para resolver este problema.
Alguns sinais nascem connosco mas outros vão surgindo ao longo da vida. Têm origem nos melanócitos, células produtoras de melanina (responsável pela pigmentação da pele).
O número de sinais que cada um de nós possui depende de diversos fatores, entre os quais a hereditariedade (fatores familiares) e a exposição solar.
Segundo a Sociedade Portuguesa de Dermatologia, na sua grande maioria, os sinais têm uma evolução benigna e mantêm-se inalterados ao longo da vida, ou podem ter fases de crescimento discreto (habitualmente acompanhando a distensão da pele com o crescimento) ou de ligeira modificação de cor, em particular durante a gravidez. Contudo, existem alguns, com aspeto particular e irregularidade na distribuição da cor (nevos atípicos), que podem indicar um maior risco de vir a ter um melanoma, que apesar de ser raro, está na lista dos cancros que ocorrem mais frequentemente em famílias.
Por fim, a gravidez é também um momento da vida propício ao aparecimento de sinais, o que acontece devido a um aumento da pigmentação da pele durante a gestação.
Como posso saber se um sinal é perigoso?
A Sociedade Portuguesa de Dermatologia aconselha desde logo a promoção do autoconhecimento da pele. É importante que cada um conheça a sua pele, os sinais que já possui, qual o seu aspeto, a sua forma e localização. Identificar se há algum “patinho feio”, isto é, algum sinal que seja diferente dos outros e que por isso chame mais à atenção é o primeiro passo.
Desta forma, é fundamental fazer periodicamente (três a quatro vezes por ano) um autoexame à pele de modo a identificar eventuais alterações nos sinais. Conhecendo o nosso corpo, podemos detetar mais facilmente qualquer lesão suspeita.
Este exame deve ser realizado num local bem iluminado e, de preferência, com a ajuda de uma lupa. Como orientação, siga a regra ABCDE:
Regra ABCDE
- Assimetria: Trace um eixo horizontal ou vertical no sinal e faça uma comparação entre as duas metades, verificando se são simétricas.
- Bordo: Verifique se existe um bordo mal definido ou irregular no sinal.
- Cor: Observe se a cor vai variando entre o preto, o azulado, o castanho ou acinzentado.
- Diâmetro: O sinal deve ser avaliado se o diâmetro for superior a 6/7 mm.
- Evolução: Corresponde a alterações recentes como, por exemplo, a nível da espessura do sinal.
Depois do autoexame, se identificar um sinal que possa ser indicador de uma situação mais grave é fundamental agendar uma consulta para diagnóstico com um especialista.
Durante a consulta, o especialista observará a pele do paciente com recurso a lupa ou a uma luz especial. Durante essa observação poderá recorrer à biópsia cutânea, ou seja, removerá uma pequena porção de pele (com anestesia local) para posterior diagnóstico.
Mas atenção, que o aparecimento de algum sinal novo ou alteração abrupta em algum dos sinais com aumento da dimensão, alteração da cor, crescimento assimétrico com bordo pouco nítido, ou que tem a superfície em crosta, que sangra ou “dá comichão” também devem ser motivos para uma consulta médica.
Remoção de sinais a laser é um procedimento não cirúrgico cada vez mais utilizado
Seja por apresentarem características anómalas, seja por motivos estéticos ou, simplesmente, por serem incomodativos, hoje em dia é muito fácil e rápido remover os indesejados sinais, com resultados quase imediatos.
Atualmente, a técnica não cirúrgica mais utilizada para a remoção de sinais é o laser, cujo risco de infeção é muito reduzido, promove um processo de cicatrização rápido e muito pouco percetível.
As vantagens da remoção a laser:
- Não deixa marcas ou cicatrizes. A atuação do laser é altamente precisa e seletiva, o feixe atua exclusivamente a nível de neoformação, sem afetar os tecidos circundantes;
- Curto prazo de reabilitação;
- Permite remoção de neoformações no rosto, nos lábios, na zona peri-ocular, ou seja, nos locais onde os cuidados específicos devem ser tomados;
- A técnica é praticamente indolor.
No entanto, nem todos os sinais podem ser retirados através de laser, pelo que deve aconselhar-se com o seu médico em relação à tipologia de sinal que tem e consequentemente das várias opções de que dispõe.
Aconselhe-se com o seu médico sobre esta e outras técnicas que possam ser adequadas ao ser corpo.
Saber prevenir é fundamental
Tão importante como saber suspeitar da presença de um sinal atípico é saber prevenir o seu surgimento. E como a grande maioria dos casos de cancro de pele se relacionam com a exposição solar, é extremamente importante fazer uma proteção adequada da nossa pele, ao longo de todo o ano, com particular atenção às crianças e adolescentes.
Os efeitos da exposição ao sol podem ser minimizados com medidas de proteção solar. Nunca é demais lembrar que devemos evitar a exposição nas horas de maior intensidade de radiação UV (entre as 12 horas e as 17 horas).
Adicionalmente, a Sociedade Portuguesa de Dermatologia aconselha a proteção solar diária (mesmo em dias nublados, uma vez que 90% dos raios UV passam através das nuvens) com aplicações repetidas (de duas em duas horas), especialmente se tiver atividades ao ar livre ou se for à praia ou à neve. Sempre que possível, evite a exposição direta prolongada ao sol. Os homens calvos devem também proteger o couro cabeludo.
É importante ainda lembrar que as radiações ultravioletas nos solários têm efeitos nocivos e são cumulativas com as radiações ultravioletas do sol. Os solários são, por esse motivo, desaconselhados.
Não devemos esquecer que a “chave” está na deteção e tratamento precoce de lesões suspeitas. Desta forma, se suspeitar da existência de alguma lesão atípica ou de algum dos sinais de alerta referidos, deve consultar o seu Dermatologista, o mais brevemente possível.
Conteúdo revisto
pelo Conselho Científico da AdvanceCare.
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