Conhecida vulgarmente como dor de garganta, é uma inflamação ou infeção da faringe, a zona que se situa entre a laringe e as amígdalas, provocada pela ação nefasta de algum vírus, bactérias e, mais raramente, fungos. Muitas vezes, é o primeiro sinal ou consequência de uma constipação ou gripe.
A faringite pode dividir-se em três tipos:
- Faringite viral: provocada por vírus, entre os mais comuns estão o influenza, o parainfluenza, o adenovírus, o rinovírus, o herpes simplex oral e o coronavírus.
- Faringite bacteriana: de origem infeciosa, o agente patológico mais frequente é a bactéria Streptococcus beta-hemolítico, causadora da faringite estreptocócica. Outras bactérias podem igualmente agredir a faringe como os Streptococcus pneumoniae, Mycoplasma pneumoniae, Staphylococcus aureus ou, entre outros, o Haemophilus influenzae.
- Fúngica: muito mais rara, é causada por fungos microscópicos, como o Candida albicans, que afeta a faringe em caso de imunidade reduzida.
E 2 subtipos:
- Aguda: o processo inflamatório dura apenas alguns dias.
- Crónica: consequência de complicações virais ou bacterianas, prolonga-se por semanas ou meses ou pode ter episódios recorrentes.
A zona afetada pode envolver o terço posterior da língua, o palato mole (céu da boca) e as amígdalas.
Causas da Faringite
Em situações de faringite viral ou bacteriana:
- A infeção transmite-se de pessoa para pessoa por contacto com as gotículas das secreções de um indivíduo contaminado através da tosse, espirros ou por tocar em objetos.
- A predominância é maior nos meses de inverno, mais frios e húmidos.
- O grupo mais vulnerável à patologia, inclui: fumadores, pessoas em situação de cansaço e com o sistema imunitário comprometido.
No caso da faringite fúngica, o contágio pode ocorrer através de doenças sexualmente transmissíveis, como a gonorreia.
Sintomas da Faringite
- Desconforto e dor na garganta.
- Membrana mucosa que reveste a faringe inflamada e coberta por manchas brancas ou purulentas.
- Dificuldade em falar e engolir.
- Febre.
- Inflamação dos gânglios linfáticos do pescoço.
- Presença elevada de glóbulos brancos no sangue.
A faringite bacteriana pode acrescentar outros sintomas, como:
- Dor de cabeça.
- Dor de ouvidos.
- Dores musculares e das articulações.
- Vómitos e perda de apetite.
- Febre alta.
Tratamento da Faringite
A medicação varia em função do tipo de faringite. Em caso de dúvida sobre a sua origem, o clínico recomenda que se aguarde três a quatro dias para ver se os sintomas desaparecem.
Quando a sintomatologia persiste, o mais certo é tratar-se de uma faringite bacteriana, mais grave e prolongada. Através do exame laboratorial com zaragatoa identifica-se a bactéria responsável pela faringite. O tratamento difere consoante o tipo de patologia:
- No caso da faringite viral, o mal-estar tende a desaparecer a partir do quarto dia e pode ser atenuado através de anti-inflamatórios e analgésicos. Recomenda-se ainda repouso e abundante ingestão de líquidos para manter a hidratação.
- Para tratar uma faringite bacteriana, poderão ser prescritos antibióticos sensíveis para as bactérias que a originam, a tomar de sete a dez dias, associados também aos anti-inflamatórios e analgésicos. Recomenda-se ainda repouso e abundante ingestão de líquidos para manter a hidratação.
- A faringite fúngica é curável através de fármacos (antifúngicos) para eliminar o fungo.
Artigo revisto e validado pelo especialista em Medicina Geral e Familiar José Ramos Osório.
Conteúdo revisto
pelo Conselho Científico da AdvanceCare.
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