Estas descargas bioenergéticas provocam contrações musculares involuntárias espasmódicas e violentas, mas passageiras. Quando este fenómeno não surge associado a episódios esporádicos de febres elevadas, traumas, alterações metabólicas ou consumo de drogas e é recorrente, pode tratar-se de epilepsia.
As convulsões dividem-se em três categorias:
- Convulsões parciais ou focais: as descargas elétricas anormais são limitadas a uma parte do cérebro. Geralmente, ocorrem no lobo frontal, temporal ou parietal, são leves e não afetam a consciência.
- Crises não epiléticas: são provocadas por determinadas síndromes, como as convulsões febris que atingem três a cinco por cento das crianças entre os seis meses e os cinco anos.
- Convulsões generalizadas: afetam todas as partes do cérebro. Ocorrem em qualquer pessoa, independentemente da idade. Há uma perda de consciência que pode durar entre dez a 20 segundos.
Existem 3 categorias de convulsões.
Causas de Convulsão
Embora as convulsões estejam vulgarmente associadas à epilepsia, traumas e aos estados febris em criança, existem múltiplos fatores que podem provocar este sintoma, como sejam:
- Elevado estado de desidratação.
- Hipoglicemia (níveis baixos de glicose no sangue).
- Intoxicação ou reações a fármacos.
- Consumo excessivo de bebidas alcoólicas ou abstinência após período prolongado de ingestão de álcool.
- Toxicodependência.
- Processos infeciosos no cérebro, como a meningite e a encefalite.
- Tétano.
- Traumatismo craniano.
- Acidente Vascular Cerebral (AVC).
- Tumores.
- Doenças metabólicas, como a insuficiência renal ou hepática, entre outras.
- Lesões cerebrais do bebé durante o parto.
- Anoxia cerebral (falta de oxigénio no cérebro).
- Pressão arterial exageradamente elevada.
Sintomas de Convulsão
As manifestações de uma atividade elétrica anormal variam de acordo com o tipo de convulsão, a sua intensidade e área do cérebro afetada. A ocorrência de alguns destes sintomas pode preceder a um ataque de convulsões. Este fenómeno não dura mais de 15 minutos e não deixa sequelas neurológicas:
- Sensação de confusão.
- Alterações na visão.
- Tonturas.
- Espasmos musculares incontroláveis.
- Perda de equilíbrio e possível queda.
- Sensação de sabor estranho na boca.
- Morder a língua e cerrar os dentes.
- Babar ou espumar pela boca.
- Desvio do olhar ou movimentos oculares rápidos e súbitos.
- Perder o controlo da função da bexiga e do intestino.
- Mudanças de humor bruscas.
- Fadiga.
Tratamento de Convulsão
Existem procedimentos a adotar quando alguém sofre uma convulsão:
- Deitar a pessoa com a cabeça inclinada de lado, levantar o queixo para facilitar a passagem do ar, desapertar as roupas do peito, afastar todos os objetos que possam causar lesões. Administrar a terapêutica anticonvulsiva e procurar a urgência médica.
- Para diagnosticar de que tipo de convulsão se trata é importante ter em conta a duração do fenómeno, se a pessoa responde ou parece inconsciente e como é que a síndrome se manifesta a nível corporal. Também se tem em conta os sintomas após o ataque de convulsão.
- Para esclarecer a origem da síndrome, os clínicos recorrem a hemograma completo e a exames médicos, como o eletroencefalograma (EEG), TAC, cintigrafia cerebral ou, entre outros, ressonância magnética do crânio.
- Em doentes com crises constantes de convulsão, e dependendo do diagnóstico, pode ser necessária a administração regular de fármacos, como a fenobarbital, a fenitoína ou a carbamazepina.
Artigo revisto e validado por Isabel Braizinha, especialista em Medicina Geral e Familiar.
Conteúdo revisto
pelo Conselho Científico da AdvanceCare.
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