A Escarlatina é uma infeção bacteriana benigna muito comum na infância que aparece em idade escolar, regra geral, após o segundo ano de vida. Surge mais frequentemente no inverno e início da primavera, muitas vezes associada a uma faringite ou amigdalite.
A doença, provocada pela bactéria Streptococcus pyogenes, manifesta-se após um período de incubação que dura entre dois e cinco dias, podendo ascender aos sete dias. Uma vez infetada, a criança ganha imunidade à ação desta bactéria.
Pode surgir na idade adulta se a pessoa nunca tiver tido contacto com esta infeção.
Causas da Escarlatina
É uma doença provocada por um grupo de bactérias da estirpe Streptococcus pyogenes. Estas bactérias podem ser responsáveis por vários tipos de infeção, como por exemplo faringite, amigdalite, infeção na pele, pneumonia, entre outras. O aparecimento da escarlatina deve-se a uma toxina libertada por estas bactérias: a toxina eritrogénica.
O contágio é feito através do contacto com gotículas contaminadas, expelidas pela pessoa ao falar, tossir ou espirrar. Pode ocorrer ainda de forma indireta, pelo contacto com superfícies contaminadas ou com as mãos. O contacto próximo entre as pessoas favorece o contágio, razão pela qual é frequente a ocorrência de surtos em creches.
Sintomas da Escarlatina
- Febre alta.
- Faringite ou amigdalite.
- Irritação cutânea por todo o corpo: pescoço, tronco, membros. A pele fica avermelhada (como sucede após a exposição solar intensa) e tem uma textura rugosa, de lixa. Ao pressionar nas zonas afetadas a pele clareia, deixando o tom vermelho escarlate.
- Marcas vermelhas mais intensas nas pregas das virilhas, axilas, pescoço.
- Língua com uma aparência de framboesa.
- Inflamação dos gânglios linfáticos no pescoço.
Por norma, é uma infeção benigna em que, para além das manifestações acima referidas, a criança apresenta um bom estado geral. As lesões cutâneas desaparecem após cerca de uma semana e a pele tende a descamar.
Em situações mais graves, a criança revela mal-estar e pode apresentar outros sintomas como: vómitos, náuseas, dores de cabeça, fotofobia, gânglios do pescoço aumentados, dificuldade em deglutir. Nestes casos, deve ser observada por um médico com brevidade para despistar a existência de outras patologias mais graves como a meningite ou febre reumática.
Tratamento da Escarlatina
É uma patologia de diagnóstico simples com base na avaliação dos sinais característicos. Em caso de dúvida pode ser retirado o exsudado da faringe ou amígdalas com uma zaragatoa para ser analisado em laboratório. Este teste permite identificar a estirpe da bactéria e saber que antibióticos serão mais eficazes.
O tratamento é feito com recurso a antibióticos para combater a infeção e paracetamol para combater os sintomas, como a febre.
Esta patologia desaparece por si após cerca de duas semanas, mas o tratamento permite atenuar os sintomas e o contágio, bem como evitar eventuais complicações se alastrar para outros órgãos (pulmões, rins ou ouvido médio).
Dois dias depois do início da toma de antibiótico o risco de contágio desaparece e a criança pode regressar à escola.
Artigo revisto e validado pela especialista em Medicina Geral e Familiar Isabel Braizinha.
Conteúdo revisto
pelo Conselho Científico da AdvanceCare.
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